“Quero mitigar as necessidades básicas e permitir o acesso a cuidados básicos de saúde”

45

Entrevista do jornal Açoriano Oriental a Ferrando Mota, Candidato à Câmara Municipal da Ribeira Grande, pelo Chega.

Fernando Mota, candidato do Chega/Açores à Câmara Municipal da Ribeira Grande fala em cinco vetores de atuação: educação, ensino e formação profissional; saúde e ação social; habitação, ordenamento do território e urbanismo; equipamento rural e urbano; e promoção do desenvolvimento

1 – Porque aceitou ser candidato à presidência da câmara?
R: Aceitei no sentido de renovar a política. Estou a colocar mais seriedade na política e porque os políticos não são bem aceites e com qualidade. As pessoas sabem quem eu sou. Sabem de onde venho. Chegou a hora de dar o meu contributo para a dignidade do nosso concelho. As circunstâncias atuais e a constatação relativa à dignidade e virtude dos políticos do nosso concelho determinaram a minha participação.
Nos superiores interesses do concelho não poderia ficar parado. O meu carácter me impele a que tomasse uma posição, onde vai prevalecer o meu contributo social em prol de todos e de cada um em particular. A esta chamada todos devem responder porque é muito urgente restaurar a dignidade do nosso concelho. Agora podem contar comigo.

2 – Quais os principais desafios e problemas que o município enfrenta atualmente?
R: A Câmara Municipal gere as decisões do concelho. Cinco vetores de atuação: educação, ensino e formação profissional; saúde e ação social; habitação, ordenamento do território e urbanismo; equipamento rural e urbano; promoção do desenvolvimento.
Desde já manifesto a minha disponibilidade para, em conjunto com técnicos especialistas, trabalhar para o bem-estar de cada um e onde cada um será chamado a participar. O concelho da Ribeira Grande exige uma atenção voltada para as pessoas e não para obras de fachada ou de vaidades pessoais. O concelho está estagnado, parado, inerte, submisso e sem vida. Cada uma das pessoas não sente a presença da Câmara Municipal a não ser nas festas e eventos. Proponho-me a dar resposta aos problemas de cada pessoa. Construir uma mudança de paradigma que ainda não foi conseguida.

3 – Quais serão as suas principais prioridades e propostas para responder a estes desafios?
R: Quando for presidente vou representar a vontade dos eleitores e as minhas decisões serão em seu benefício. Tenho projetos e preocupo-me com os outros. O primeiro vetor, educação, ensino e formação profissional tem a ver com a elevação social dos nossos munícipes. Tenho propostas de soluções para um incremento da escolaridade para que possam aceder a coisas tão simples como habilitação para a pesca comercial, a condução de veículos e o desenvolvimento de competências técnicas ao desempenho de atividades comerciais e produtivas na área da construção civil, pescas, turismo e agricultura.
Na área social tenho propostas de soluções que mitigam as necessidades básicas e permitem o acesso a cuidados básicos de saúde. Trata-se dos mais elementares direitos, garantias e dignidade da pessoa humana, onde cada um dos munícipes, aqueles que verdadeiramente necessitam podem ter acesso a esses apoios de forma célere e simples.
Em termos de urbanismo e habitação tenho propostas de construção de habitação sem criação de guetos, mas de distribuição aleatória pela malha urbana respeitando a privacidade de cada um e de todos. O desenvolvimento do concelho implica a participação dos particulares na criação de emprego. Da parte da Câmara Municipal, comigo podem contar com a participação na concretização de projetos, não de fachada, mas estruturantes para o concelho de âmbito urbano e rural.

4 – Em matéria de política fiscal o tem a propor aos munícipes?
R: Como é sabido na política fiscal compete à Assembleia Municipal a sua aprovação. Sei as minhas competências e trabalharei com esse órgão em prol dos munícipes com propostas adequadas aos mais necessitados. Apresentarei propostas à Assembleia Municipal que contribuem para um aligeirar das dificuldades a que todos passamos e que sejam mais vantajosas para os munícipes.

5 – Nas áreas económica e social, que intervenção deve ter a autarquia, na sua opinião?
R: Precisamos do voto do eleitor para criar um elevador social pela formação e educação e tirar as pessoas da pobreza e da falta de tudo. É minha obrigação e do Governo Regional capacitar as pessoas para programas inovadores como Serviço de Apoio ao Cuidador Informal, Centro Referência para a Resiliência Comunitária e Centro Adictos e Dependências. Aumentar a resposta social, criando Rendimento Básico Incondicional para elevar a empregabilidade. A autarquia deve pautar a sua conduta de forma séria e responsável, gerir os dinheiros públicos de forma correta e transparente em prol dos munícipes.
Tenho um projeto para a Ribeira Grande, conheço bem as necessidades de cada um, pois sou um deles e sei as necessidades que tenho. Quero contribuir para a ajuda nos apoios ao flagelo da droga e capacitar a comunidade, como um todo, para uma resiliência quanto a outros problemas do concelho como as nossas crianças, os nossos idosos e os nossos deficientes estes merecem uma resposta básica incondicional com apoios reais e efetivos e nos quais também irei trabalhar com o Governo Regional, nos programas específicos para o concelho e eventualmente extensivos à Região com oferta a uma nova centralidade.

6 – Em termos urbanísticos, o que é mais urgente solucionar e como?
R: Habitação, ordenamento do território e urbanismo; equipamento rural e urbano. A solução é trabalho, trabalho e trabalho, em prol de todos e não andar atrás do prejuízo. Renovar, reformular e ativar os programas municipais de habitação que estão implementados e potenciar os mesmos. Criar mais programas habitacionais para a classe média sem esquecer os mais desfavorecidos em proporcionalidade às disponibilidades financeiras de cada um.

7 – Como pretende articular a sua relação com o governo regional e em que áreas/projetos espera a cooperação do executivo açoriano?
R: Trabalharemos com qualquer governo regional num relacionamento sério e virtuoso em favor da população. O meu objetivo é resolver os problemas dos munícipes. Como já referi eu quero trabalhar com o Governo Regional, independentemente da sua cor partidária. A cor partidária não é, nunca será e nunca poderá ser um entrave ao desenvolvimento e a aplicação de respostas para cada um dos habitantes do concelho da Ribeira Grande. Não interessa o partido político, nem a cor, interessam as necessidades e as aspirações dos eleitores. De uma forma racional e com muito trabalho tudo é possível.
Projetos como Serviço de Apoio ao Cuidador Informal, Centro Referência para a Resiliência Comunitária e Centro Adictos e Dependências, entre outros, podem e devem ser apoiados pelo Governo Regional, mas se não o forem, encetarei todos os meus esforços a todos os níveis para os concretizar. São projetos inovadores e estruturantes para o concelho da Ribeira Grande e para os seus munícipes. Em algumas valências podem ser alargados a toda a ilha e região. Fomenta-se uma outra centralidade do concelho na costa norte. Em vez de obras de fachada importa construir obras para as pessoas. O que as pessoas querem, o que as pessoas esperam são respostas e soluções para os seus problemas e eu tenho propostas e soluções e conheço as pessoas. As pessoas são o meu foco. Cada um é livre de fazer as suas escolhas, escolher pessoas que são como elas e que sabem quem são e onde foram nascidas e criadas. Da minha parte tenho propostas para a solução do problema de cada um e da comunidade como um todo. São propostas que trarão conforto, oportunidades e soluções para os problemas do dia-a-dia.

8 – O que é que o distingue dos seus adversários políticos?
R: Sabem quem eu sou e de onde venho. As pessoas são diferentes, daí que o método de trabalho também é diferente. Começamos com o meu método, com confiança e com seriedade. Os eleitores da Ribeira Grande conhecem os candidatos e podem avaliar cada um deles. Podem escolher quem querem que os represente, quem os vai acolher, quem os vai respeitar e quem vai respeitar os interesses do concelho. Cada um dos meus adversários políticos tem o seu veículo político e cada um tem o seu programa, mas acima de tudo cada um tem o seu carácter e a sua personalidade. Cada um carrega o seu passado e projeta o futuro e assim cada um só pode colher o que semeia.
Eu dou a cara e empenho a minha honra, caráter e virtude. Tenho capacidade e coragem para enfrentar este desafio. Eu tenho a minha profissão, que todos conhecem, e chegou a hora de dar o meu contributo social para o bem do concelho assim como outros que todos conhecem o fizeram antes de mim e de uma forma nobre, responsável e dirigida a cada um.
Faço-o por uma questão de circunstâncias, de dignidade, de urgência, de seriedade e de convicção de fazer o que é necessário ser feito e só o que for necessário. Não tenho medo. Não tenhas medo. Tens em mim uma mão amiga para a mudança, para levar a cabo este desafio de transformar o nosso concelho. Cada um que me apoia, e me escolhe, vai participar no projeto e vai fazer a renovação da política. Tu és necessário para transformar o concelho da Ribeira Grande. Prometo que tu e eu vamos executar o plano. Eu sou O Candidato Presidente para o concelho da Ribeira Grande. É um compromisso de honra para um Norte Positivo.

 

Fonte: Açoriano Oriental