Andavam todos distraídos com o COVID e agora com os Talibans. Realmente são duas coisas que nos devemos preocupar, mas sempre com o espírito que seja na casa dos outros e não na nossa, como costuma ser normal. Não falemos nisto agora porque o tempo é de banhos, de sol e muita alegria. Bem precisamos, bem merecemos.
Mas olhando para dentro de casa, o que convém, gostaria de saber quantos foram já comprar os manuais escolares? Terão uma boa surpresa, das desagradáveis, claro está.
Num país que sempre achou que a educação devia estar acima de tudo, os manuais escolares andam a preços de 20, 25 ou 35 euros, ou seja, acima de tudo que é razoável, inconcebível.
Claro que os valores que anunciei são para a classe média, o vulgo Zé Pagante, aquele que não tem o RSI nem opta por manuais rasurados, vulgo emprestados. Nesta terra ou seguimos a corrente socialista ou então é pagar e não bufar. Havia dúvidas?
Já alguém se questionou sobre o valor real dos manuais escolares, sobre o valor absurdo eu pedem por algo produzido em larga escala, com poucas atualizações? Seria mesmo bom uma investigação judicial a tal coisa porque aqui anda algo muito errado, muito mesmo.
Um aluno do vai cravar à algibeira dos papás, em média, cerca de 180 euros, ou até mesmo mais, em livros. A esta despesa acrescente-se o material escolar diverso, o equipamento da ginástica e, se calhar, uma nova mochila. Sempre somando povo pagante. Se tiveram mais filhos, é ir fazendo as contas, como dizia o outro.
Mais uma vez, a empobrecida classe média leva o rombo no orçamento doméstico, mas para quê nos preocuparmos com isto quando está agora na moda é acolher os tais refugiados? É o país que temos, com os governantes que temos, lá eleitos por este Povo brando e misericordioso.
Haja saúde e uns dinheiritos para os livros.
José Pacheco