“Não votámos contra, não demos o benefício da dúvida, achamos que quando não somos desejados, pomo-nos fora da equação”, começou por dizer o deputado José Pacheco na declaração de voto após a abstenção no Plano e Orçamento da Região para 2024.
No entanto, reforçou José Pacheco, “assumimos o compromisso de iniciar o diálogo, mas também disse ao Presidente do Governo que não garanto coisa alguma”, após as negociações para o Orçamento de 2023 em que “garantiram tudo, e pouco ou nada foi feito”.
“Eu vim para esta casa em nome das pessoas, não vim em nome da bolha política, nem para garantir mais uns meses de ordenado, como alguns, vim para defender as pessoas, porque, as pessoas na rua, dizem-me que não estão a ser defendidas ou que o percurso não é este. Fiz estes alertas durante um ano inteiro. Não me deram ouvidos e chegámos ao cúmulo de sermos insultados hoje publicamente, da forma mais negra, por um partido que faz parte do Governo. Isto é inaceitável”, referiu José Pacheco.
Apesar dos insultos da parte do PPM – partido da Coligação – “vou manter a minha palavra, consigo, senhor Presidente do Governo. Consigo, e mais ninguém, a porta está aberta para conversar e levar os Açores à frente, se achar que o senhor tem condições para satisfazer aqueles que eu represento nesta casa. Aqueles a quem preciso de dar satisfações, porque eu não vim em nome pessoal, vim em nome de pessoas que acreditam neste partido e num ideal, um ideal de direita e não de direita fingida”, explicou o parlamentar.
Em jeito de conclusão, José Pacheco reforçou que o CHEGA não está comprometido com ninguém, “e não vai ser com insultos que fomos recebendo durante esta última semana, que vão mudar a nossa posição. Somos feitos do basalto da nossa terra e isso nunca vão conseguir quebrar”, disse.
Horta, 23 de Novembro de 2023
CHEGA I Comunicação