OS EMPRESÁRIOS E AS FORÇAS DE BLOQUEIO!

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A administração pública regional está infestada de “empatas” e burocratas inúteis que usam os pequenos poderes para bloquear os empresários e castrar o investimento.
O Chega recebeu uma denúncia dos empresários de “whale watching”, e não podia ficar indiferente a mais um atentado à iniciativa privada.

A observação de baleias, “whale watching,” é uma atividade turística que só na ilha Terceira produz receitas com valor superior a 1 milhão de euros por ano.

Para apoio a esta atividade, existem no Monte Brasil uns cubículos que eram usados no passado pelos vigias da caça à baleia. Agora, os atuais vigias avisam, via radio, os barcos dos turistas da localização desses cetáceos. Ou seja, voltaram a ter utilidade.

Estes cubículos já não tem porta e causam desconforto a quem lá exerce o seu trabalho. Também por esse facto, são alvo de constante vandalismo e conspurcação com dejetos humanos, seringas e todo o tipo de lixo que permanece no seu interior perante a completa indiferença de quem é responsável por aquela área.

Perante esta situação, os empresários do “Whale Watching” enviaram um requerimento aos Serviços Florestais da RAA a solicitarem autorização para lá poderem colocar uma simples porta com acesso aos profissionais da vigia da baleia.

A resposta dos serviços florestais da RAA ao pedido de autorização foi a seguinte:
“… é entendimento deste serviço, de que sendo aquele um espaço público, não faz sentido ceder o direito de utilização a empresas privadas, para além de que com o acesso condicionado por parte de quem visita o local, se perderia parte da função pedagógica, cultural e educativa que o espaço propicia. Igualmente em termos de equidade, eventualmente estaríamos a beneficiar uns em detrimento de outros que também operam naquela reserva florestal de recreio, mas noutros locais.”

As razões invocadas pelos Serviços Florestais destorcem o objetivo do pedido e merecem os seguintes comentários e interrogações:
– A preservação de um espaço público efetiva-se deixando-o ao abandono ou tomando medidas que o protejam da falta de civismo que por aí vai reinando?
– Não seria mais lógico as entidades competentes apoiarem os interesses dos empresários que criam empregos e contribuem para o desenvolvimento económico da região cuidando de um espaço que estava abandonado e em ruínas ?

– Não seria de esperar, por parte dessas entidades, a necessária
operacionalidade desses espaços e não deveriam estar cuidadas e
conservadas?

A colocação duma simples porta num edifício devoluto esbarrou com esta burocracia inútil e paralisante que todos os dias persegue quem trabalha e castra o investimento nos açores. Já não bastava os “ambientalistas simplórios” agora também temos os “burocratas inúteis “.

Estes burocratas escondem-se atrás do ecrã de um computador e do alto do seu pequeno poder que emana do ar condicionado dos seus gabinetes, dão asas à imbecil criatividade de quem não tem mais nada de útil para fazer que atrapalhar quem trabalha.

Estes “burocratas inúteis “, têm como principal ocupação e até desígnio de vida, o de infernizar a vida do cidadão trabalhador, aquele que cria riqueza para sustentar um exército de malandros.

Criam de forma artificial terríveis dificuldades para depois “venderem“ algumas facilidades, ou seja, para alimentarem o seu ego e terem o cidadão comum vergado e agachado a esses poderes instalados. São estes “pequenos poderes instalados “ a raiz do mal de muita administração púbica que vive de
costas voltadas para as pessoas.

Como diz o bom povo, todos gostam de ser grandes menos nas orelhas!

No entanto, são estes empresários que todos os dias lutam contra estes pequenos poderes instalados que criam emprego e pagam cada vez mais impostos para garantirem os bons ordenados àqueles que só lhes criam dificuldades.

E é isto que temos! O simples facto de se pretender colocar uma porta gera um oceano de problemas. Este é um pequeno exemplo das dificuldades que sofre quem quer trabalhar e investir em Portugal.

Não admira que alguns empresários comecem a achar que o melhor é encerrar portas e dedicar-se à indústria do RSI, onde não há qualquer esforço, onde se vive à custa de quem trabalha e onde temos umas assistentes sociais simpáticas a garantir que não nos falta nada.

SE NÃO GOSTAM QUE O CHEGA DENUNCIE, NÃO DEIXEM QUE ACONTEÇA.

José Bernardo
Presidente da Mesa do CHEGA Açores