Sempre diz o Povo, e com muita razão, que não pode haver dois galos no mesmo galinheiro, agora imaginem o terrível resultado que será com três a quererem a todo o custo mandar. Até me faz lembrar a música infantil “loucas, loucas, andam as galinhas”, neste caso, talvez sejam mesmo os galos.
A verdade é que esta luta de galos em nada vai beneficiando os Açorianos. O que mais se ouve na rua, ao longo destes três anos, é que em nada mudou a governação, que pouco melhorou a nossa vida, e que, em alguns casos, até piorou, que o digam os agricultores e os pescadores, e não só.
Como sempre, a culpa é do CHEGA, dizem eles, aqueles que mais não sabem que culpar outros que não eles próprios. Por um lado, a canhota que nos fez herdar uma série de problemas sociais ao alimentar continuamente a subsidiodependência, a preguiça de alguns que vivem à conta do trabalho de outros. Por outro lado, uma suposta direita que mais não é que uma nova canhota, que ao tentar agradar a todos mais não faz que trilhar o caminho dos anteriores.
Ora vejamos, onde estão as soluções para a habitação ou para o transporte marítimo de mercadorias? Onde anda o afamado cargueiro aéreo? Qual é o plano para o futuro do turismo? Que cultura e promoção cultural queremos? Como vamos resolver os problemas humanos e materiais das nossas escolas? Etc, etc, etc…..
O papel aceita tudo o que lá se escreve, e assim vai sendo em cada orçamento, os tais que o CHEGA a muito custo tentou acreditar, depositou confiança, mas neste momento sente-se traído, desiludido, pela falta de compromisso, de diálogo e de execução. Talvez desta vez seja tempo de dizer já CHEGA!
Numa nova e criativa abordagem, digna de qualquer infantário, esta coligação de egos e vaidades, tenta aparentar ser vítima das circunstâncias, os coitadinhos que todos apontam o dedo, mas sentem-se inocentes de toda e qualquer culpa ou acusação. Mais um capítulo desta vergonhosa atividade em que apenas são vítimas da sua própria incompetência. Tal como achei em 2020, hoje reafirmo, quem não estava preparado não assumia a responsabilidade da governação. Foi a fome de poder, mais olhos que barriga, mais ambição que competência. Como sempre, irão culpar o CHEGA e armar-se em coitadinhos.
Tudo isto não passa de uma enorme ilusão, para mal dos Açorianos. Não precisamos de governos de COITADINHOS, mas sim que governe com CORAGEM e FIRMEZA.
Como em qualquer situação da vida, quando nos sentimos traídos ou desiludidos, há que ter a coragem de dar um passo em frente e recomeçar tudo se necessário.
Nesta nossa democracia, mesmo que imperfeita, em que se elegem deputados numa ilha com dezenas de votos e noutras são necessários milhares, há que devolver a palavra ao povo e ser este a dizer de sua justiça. Ninguém deve ter a presunção de querer ser uma voz maior que a dos Açorianos, de condicionar os seus anseios ou decisões. A verdadeira democracia faz-se nas urnas e não nos gabinetes bolorentos do poder.
O CHEGA tem sido até aqui um partido de responsabilidade, impermeável a pressões ou chantagens, colocando sempre os Açorianos em primeiro lugar, independentemente das opiniões alheias. As pessoas confiam na nossa frontalidade e verticalidade e poderão sempre continuar a confiar. Não viemos, nem aqui estamos, por nenhum tacho, emprego, favor ou outra contrapartida política ou até mesmo financeira. Já os restantes não ponho as mãos no fogo.
Estamos, e sempre aqui estaremos, até à última gota de sangue, pelos Açores e pelos Açorianos, custe o que custar, doa a quem doer.
É tempo de dizer JÁ CHEGA!
José Pacheco
Presidente e Deputado do CHEGA Açores