As hortênsias que embelezam a paisagem das nossas ilhas são a imagem de marca dos Açores!
Por isso as vemos pintadas, bordadas, estampadas ou esculpidas em quase todos os artigos destinados a serem levados como recordação por quem nos visita. São hoje um ícone paisagístico e um cartaz turístico inultrapassável nos Açores. As hortênsias são ainda usadas para decorações variadas, nos tapetes das procissões, nos bodos das festas do Divino Espírito Santo e até exportadas para o estrangeiro com fins ornamentais, dando um contributo para a economia da região.
Sabemos que as hortênsias, sendo nativas do Japão, terão chegado ao nosso arquipélago no séc. XIX. Adaptaram-se muito bem e a sua profusão, em conjunto com o azul do céu e do mar, criou um espetáculo natural fascinante. Os lavradores usam-nas para fazerem as divisões das parcelas e, juntamente com o verde das pastagens, as criptomérias e outras variedades, criam um caleidoscópio que agrada aos residentes e encanta os turistas. Com elas nenhum mal veio ao mundo, nem qualquer perigo que se conheça, até que a ira de alguns ambientalistas se virou contra elas.
Contra tudo o que é senso comum a Secretaria Regional do Ambiente, no tempo do PS, começou a desbaratar o dinheiro dos contribuintes a arrancar as hortênsias dos espaços públicos. Em muitos desses locais agora prosperam as plantas verdadeiramente invasoras e prejudiciais ao ambiente.
Na Ilha Terceira as hortênsias foram, “erradicadas” da reta da Achada na nossa ilha. Ninguém disse nada, com medo de ser politicamente incorrecto e de enfrentar a cartilha ambientalista.
Uma nova estirpe de ambientalistas, agora diabolizam as nossas queridas hortênsias chamando-lhes “espécies invasoras”, pelos vistos são um enorme perigo para o ambiente. Também as nossas “vacas felizes”, são agora excomungadas porque no entender destes radicais, libertam gases intestinais que contribuem para o aquecimento global. Toda esta gente atua em nome de um radicalismo ambiental doentio e atua em função de agendas pessoais e interesses dúbios.
Pela lógica desta “natureza em estado puro” proclamada pelos Srs. ambientalistas, provavelmente teríamos de eliminar plantas como a batata, o milho, o chá, o ananás e muitas outras que foram trazidas para os Açores, porque também estas alteram a paisagem original.
Com esta lógica ambientalista, será que estes ambientalistas simplórios não serão eles mesmos, invasores do nosso espaço?
Alguns autointitulados cientistas, elaboram relatórios com uma matriz pessoal sem nenhuma fundamentação científica, e andam os Açoreanos a ser manietados por gente impreparada que toma decisões ruinosas contra o interesse coletivo.
Não há paciência e não podemos continuar calados.
Queremos as hortênsias de volta na estrada da Achada até ao aeroporto!
José Bernardo
Presidente da Mesa do CHEGA Açores