OS PROGRAMAS OCUPACIONAIS ESTÃO A MATAR A ECONOMIA AÇORIANA

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São cada vez mais as queixas dos empresários quanto aos programas ocupacionais que os deixam sem mão-de-obra para trabalhar nas suas actividades empresariais. Mesmo pagando acima da média o problema mantém-se e agrava-se.

As queixas têm vindo de sectores como a agricultura/ lavoura, construção civil, pescas e até mesmo do turismo e restauração. Já começa a ser normal ver inúmeros avisos de “Precisa-se de Empregado”.

A verdade é que este governo tinha o compromisso de acabar com os programas ocupacionais, criando incentivos ao emprego e empresas, que dinamizassem a economia e as famílias. Certo é que não é isto que está a acontecer.

Realidade também é que certas autarquias usam esta mão-de-obra a troco de votos e pagamento de favores políticos, substituindo os serviços prestados por muitos dos pequenos empresários locais. Desta forma, e de muitas outras, vão garantindo o lugar nas cadeiras do poder.

Outra realidade que ninguém quer falar é o facto de muitos destes trabalhadores, após o horário dos ditos programas, fazerem os seus “biscates”, livres de impostos ou pagamentos à segurança social, alimentando assim a economia paralela. Pobres são aqueles que têm o seu emprego a tempo inteiro e que não se livram de uma pesada carga de impostos todos os dias.

Estamos a destruir a economia local, incentivando a más praticas laborais e ou até mesmo à ausência delas, assim como a precaridade no trabalho. Sob o manto de “apoios sociais” vamos criando injustiças e incentivos à dependência do estado. Comprometemos todo o futuro social e económico de uma região.

Não é isto que defendemos para os Açores. É tempo de dizer CHEGA disto tudo.