O CHEGA tem vindo a debater-se por melhores condições para os Bombeiros dos Açores e tem sido bastante reivindicativo num melhor financiamento e apetrechamento dos quartéis, para que possa haver um socorro mais eficaz às populações. A este propósito, os deputados José Pacheco e Olivéria Santos visitaram a Associação Humanitária dos Bombeiros da Ribeira Grande, a propósito da recente entrega de um auto-tanque para combate a incêndios, que foi uma de quatro viaturas reivindicadas pelo CHEGA em sede de negociação de Orçamento.
“Desde 1990 que não entrava uma viatura nova aqui nos Bombeiros da Ribeira Grande, o que mostra o desprezo que o Estado tem pelos bombeiros”, afirmou o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, que entende que a Região tem a obrigação de ter um serviço de bombeiros, preparado para o socorro, sem que as Associações Humanitárias andem sempre “atrás de apoios e de esmolas”.
O Estado não pode apenas ser responsável pela manutenção de edifícios e de viaturas, “falta tratar bem os bombeiros”, com um ordenado condigno e aliciante, assim como um Estatuto que lhes conceda algumas regalias por arriscarem a vida a salvar os outros.
Mas há também os pagamentos de serviços ao Estado que devem ser actualizados, nomeadamente, o transporte de doentes não urgentes. No caso dos Bombeiros da Ribeira Grande, a Unidade de Saúde de Ilha já actualizou o preço pago por quilómetro, no entanto o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) só o fez por obrigatoriedade legal e menos 0,15€ do que a Unidade de Saúde de Ilha. “Na prática esta corporação de Bombeiros, que está a prestar um serviço ao Estado, está a perder cerca de sete mil euros mensais de receitas, porque o preço por quilómetro do transporte de doentes não urgentes por parte do HDES, não é um valor justo”, refere José Pacheco.
Aquela que é a mais antiga corporação de Bombeiros dos Açores tem vindo a procurar soluções que consigam dar retorno financeiro à instituição, no entanto, reforça o CHEGA, “precisamos dos Bombeiros. Temos de tratar dignamente os nossos Bombeiros. Vivemos numa região vulcânica, sujeita a desastres naturais, e precisamos de ter estes homens e mulheres motivados para conseguirem dar resposta quando efectivamente for preciso”.
O CHEGA garante que vai continuar a ser uma voz activa na defesa dos bombeiros da Região, tendo já prevista uma proposta para o Orçamento de 2025 de meio milhão de euros para equipamentos de protecção individual dos “soldados da paz”.