Os ratos e as rolas causam elevados prejuízos aos agricultores nas várias ilhas dos Açores. Os outros métodos de controlo como os rodenticidas, as ratoeiras ou armadilhas por vezes não são eficazes, o que leva alguns agricultores a terem de recorrer a armas de fogo e de ar comprimido para se verem livres destas pragas. Com o actual quadro legal, os agricultores não podem controlar as pragas com o recurso a armas de fogo e outras e são autuados e perseguidos.
Neste sentido, o Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou uma ante-proposta de lei para que os ratos e as rolas sejam incluídos na lista de espécies cinegéticas, o que significa que podem passar a ser caçados. “Os nossos agricultores não podem continuar a ser tratados e perseguidos como bandidos por matarem rolas e ratos. Isto é um absurdo e não podemos continuar a fazer de conta que estas pragas não existem, que não transmitem doenças, que não morrem pessoas com as doenças que elas transmitem ou que elas não causam enormes prejuízos. Não podemos nesta Assembleia lavar as mãos como Pilatos e virar as costas aos nossos agricultores”, justificou Francisco Lima.
A ante-proposta de lei irá agora ser apreciada em sede de comissão parlamentar, “para ouvir quem de direito, nomeadamente os agricultores ou os seus representantes, para que venham relatar os prejuízos que têm sentido com estas duas espécies”. Depois de voltar à Assembleia Legislativa Regional, caso seja aprovada, terá de ser discutida na Assembleia da República para que seja efectivamente alterada a lista de espécies cinegéticas.
“Neste momento é proibido usar armas de fogo para matar ratos e rolas porque não são espécies cinegéticas. Se o forem, todos os caçadores o podem fazer”, esclareceu Francisco Lima que incitou os deputados a “ir para o terreno, a falar com os agricultores e verem os prejuízos que têm sido causados por estas duas pragas. Este diploma não vai resolver o problema dos ratos, mas é mais uma ferramenta”, esclareceu.
Horta, 11 de Setembro de 2024
CHEGA I Comunicação
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