O Covid, claramente, teve aspectos muito negativos do ponto de vista da saúde pública, independentemente das estatísticas fraudulentas para “empolar” a doença e justificar medidas de confinamento antidemocráticas e irracionais, bem como para promover a “indústria das vacinas” que muito dinheiro deu a ganhar a muita gente, nomeadamente aos corruptos.
Políticos fracos e inúteis aproveitaram momentos de fama e glória para aparecerem, diariamente, nas TV´s, ou no papel de profetas da desgraça ou de “vendilhões” de vacinas, de máscaras e de confinamentos coercivos. A estatística dos casos era actualizada até ao minuto e, claro está, dado de todas as mortes, mesmo daqueles que morriam de outra coisa qualquer. Tudo serviu para alimentar noticiários, já que “verdadeiras notícias” não existiam e havia a necessidade de entreter as pessoas confinadas em casa em frente às TV`s alimentadas pelo jornalixo.
A Covid-19 também nos trouxe coisas positivas. Ficou provado que as reuniões presenciais em Portugal servem de pouco e não acrescentam qualquer valor; que muitas visitas comerciais de vendedores é uma absoluta inutilidade e que a formação profissional à distancia, ou melhor e-learning, é tão ou mais eficaz que a formação presencial.
Mas o pior que a Covid-19 trouxe, após meses de confinamento e de apoios do Estado, foi uma certa classe trabalhadora, que passou achar que não deve trabalhar muito, mas sim gozar a vida. O que interessa é ter muito tempo disponível, nem que seja para estar em frente ao computador, por longas horas, nas redes sociais ou em jogos. Trabalhar ao fim-de-semana, nem que seja em sistema rotativo, é uma heresia.
É interessante que já o filósofo Artur Agostinho dizia: “O trabalho não é virtude, nem honra; antes veria nele necessidade e condenação; é, como se sabe, consequência do pecado original”. Aqui está a legitimação filosófica da malandrice. Trabalhar afinal para uma certa esquerda caviar é pecado. Neste momento, em todo o mundo, a Covid-19 criou um novo exército de malandros.
Estamos a chegar ao cúmulo de que não há mão-de-obra para trabalhar, pois o trabalho não é valorizado e com a Covid-19, todos vimos que além do exército de subsídio-dependentes que o Estado sustenta, pode afinal sustentar toda a gente – o dinheiro a pagar vai aparecer e quando acabar chama-se a Troika e, claro, culpa-se o Passos Coelho.
Muitos serviços públicos cavalgaram a onda da Covid-19 e autorizaram milhares de “trabalhadores”, por vezes a maioria, a fazerem teletrabalho e os serviços reduziram os horários de atendimento ao público. Estamos a transformar muitos serviços públicos em “call Centers”, mas pagos a peso de ouro pelos contribuintes que simplesmente não são atendidos.
Está na hora de dizer CHEGA.
Ganhem vergonha, arregacem as mangas e vão trabalhar, tal como fizeram os vossos pais e avós e deixem-se de ser lamechas e preguiçosos!
Francisco Lima
Deputado e Vice-presidente do CHEGA Açores