CHEGA DENUNCIA PROBLEMAS ESTRUTURAIS NA ESCOLA SECUNDÁRIA DAS LARANJEIRAS

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Quase a completar 38 anos de existência, a Escola Secundária das Laranjeiras debate-se com vários problemas que o Conselho Executivo tenta sanar, para devolver a referência de outros tempos àquela escola que conta actualmente com 650 alunos. Perante problemas da rede de águas, problemas das redes eléctricas e problemas que afectam a própria estrutura do edifício, foi delineado um projecto de reabilitação da escola – que incluiria uma sala de alunos no recreio Nascente – mas que há mais de um ano e meio está sem sair do papel.

Numa reunião a pedido dos deputados do CHEGA, José Pacheco e Olivéria Santos, o Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária das Laranjeiras, Luís Paulo Vieira, evidenciou as dificuldades com que o actual Executivo se tem debatido, desde 2018, quando tomou posse pela primeira vez.

Além dos problemas estruturais, que todos os anos são remediados em Setembro para o início de um novo ano lectivo, há falta de assistentes operacionais que consigam manter a correcta vigilância nos corredores – devido ao próprio design da escola – e há ainda um problema com os transportes colectivos de passageiros que não param em frente à escola, tendo os alunos de percorrer alguns metros desde a Calheta.

Aos deputados, o Conselho Executivo denunciou ainda a falta de autonomia da própria escola, quer em termos financeiros quer em termos disciplinares, evidenciando o excesso de burocracia associado a qualquer procedimento e a necessidade de se alterar o Estatuto do Aluno.

A deputada Olivéria Santos indicou que “esta sempre foi uma escola de referência em determinadas áreas de formação, como desporto e agro-pecuária, que ainda mantém, e que, felizmente, tem alunos de várias localidades que escolhem esta escola para seguir o seu percurso”. Para a parlamentar é importante devolver à Escola Secundária das Laranjeiras a importância que já teve, principalmente complementando o trabalho meritório que o actual Conselho Executivo tem feito em prol da comunidade escolar e também da comunidade envolvente.

“Temos um Conselho Executivo que desde 2018 tem pugnado por combater o estigma a que a Escola Secundária das Laranjeiras tem sido votada, mas também é preciso olhar para esta escola e dar condições aos professores e aos alunos para ajudarem a combater esse estigma. Vemos as paredes do edifício com o ferro à mostra, em risco de caírem pedaços da parede em cima dos jovens que aqui estudam. Vemos espaços verdes que não têm a devida manutenção porque não têm assistentes operacionais suficientes. Tudo isto contribui para uma imagem deturpada desta escola”, referiu.

“Não podemos ser demasiado inflexíveis, por exemplo, em relação aos rácios dos assistentes operacionais, quando esta escola, em termos arquitectónicos, é diferente. Essas diferenças têm de ser tidas em conta”, referiu ao acrescentar que “esta escola, como tantas outras na Região, precisa de ser reabilitada e sabemos que existe um projecto, mas que há um ano e meio não avança”.

Noutra vertente, Olivéria Santos destacou os cinco hectares de horta pedagógica que ajudam professores e alunos a criarem outro vínculo com a própria escola, elogiando as sinergias conseguidas com a comunidade envolvente para dar seguimento a este projecto, que acaba por ser um laboratório vivo de aprendizagem.

Ponta Delgada, 18 de Junho de 2024
CHEGA I Comunicação