“É um Governo de continuidade que, hipocritamente, apela ao diálogo”, são as palavras de José Pacheco após a tomada de posse do XIV Governo Regional dos Açores, que aconteceu hoje na cidade da Horta.
O líder parlamentar do CHEGA, e Presidente do CHEGA Açores, entende que sendo este um Governo de continuidade, está condenado à falta de diálogo com os parceiros, tal como aconteceu na anterior legislatura. Desta forma, anuncia que “o único pacto do CHEGA é com o Povo Açoriano”, garantindo que não haverá “grande apoio” a este executivo que hoje tomou posse.
Além disso, explicou José Pacheco, desde a anterior legislatura que o CHEGA tem lutado por um executivo com menos membros governativos, algo que não se verificou. “Ao Governo não podemos fazer uma avaliação, a não ser que queríamos um Governo mais curto e menos despesista, mas compreendo que tenham de contentar todos os intervenientes da Coligação”, referiu José Pacheco, dando conta que passa agora a haver uma Secretaria para assuntos que anteriormente eram delegados num Sub-Secretário.
No final da tomada de posse, o líder parlamentar do CHEGA deu ainda conta que antes de se conhecer o Programa de Governo “não é razoável” avançar com uma decisão sobre o sentido de voto relativamente àquele documento.
“A única decisão tomada é a de ler o Programa de Governo, comparar com o Manifesto Eleitoral do CHEGA, fazer essa comparação e depois dar conta da nossa decisão”, garantiu enquanto explicou que todas as orientações de voto são possíveis, “dependendo do documento e das linhas orientadoras que apresente”.
No entanto, face ao discurso da tomada de posse de José Manuel Boleiro, o líder parlamentar do CHEGA já notou algumas políticas de continuidade que sempre foram criticadas pelo partido e que não fazem prever qualquer tipo de aproximação entre o XIV Governo – sem maioria – e o CHEGA.
José Pacheco deu o exemplo das creches gratuitas – anunciadas por José Manuel Bolieiro como uma medida de continuidade, que será reforçada. “Já dissemos que as creches gratuitas não podem ser para quem não trabalha. As creches gratuitas têm de ser para quem trabalha e não tem onde deixar os seus filhos e é essa prioridade que tem de ser dada, algo que o Governo continua a não assumir”, exemplificou José Pacheco.
Horta, 4 de Março de 2024
CHEGA I Comunicação