O CHEGA entende que deve haver mais pedagogia para incentivar a utilização de transportes públicos colectivos nos Açores, numa perspectiva de se ajustar a procura à oferta já existente nas várias ilhas. O deputado José Pacheco acredita que existe uma mitificação “de que as pessoas querem andar de autocarro”, quando, na verdade, praticamente toda a gente tem a ambição de ter um carro próprio para ter a sua liberdade. “É esta a vontade das pessoas, mas depois temos um problema de não haver lugar onde estacionar. Mas essa não é uma questão de mobilidade”, alertou.
José Pacheco falava na Assembleia Legislativa Regional a propósito da apresentação do Decreto Legislativo Regional que estabelece passes de mobilidade para transportes públicos colectivos – que inclui o Passe Urbano, o Passe Interurbano, o Passe Combinado, o Passe Marítimo, e o Passe Intermodal – com um preço máximo de 9 euros.
O parlamentar lembrou a experiência feita num horário tardio desde Ponta Delgada até Vila Franca do Campo, “em que circulava um autocarro enorme apenas com uma pessoa naquele horário. Compreendo as necessidades das pessoas, mas talvez um táxi saia mais barato para levar só uma pessoa de Ponta Delgada a Vila Franca do Campo”.
Lembrando que há horários em que os autocarros circulam completos e outros em que os autocarros circulam vazios, José Pacheco reforçou que se trata – como em todos os negócios – da oferta e da procura.
“Acho que devemos ter uma maior pedagogia, principalmente junto dos jovens, para se utilizarem mais os transportes públicos. Agora dizer que as pessoas não andam de transportes públicos porque se vêem obrigadas a comprar carro, não é o mundo que conheço. As pessoas gostam de ter o carro à porta”, afirmou José Pacheco que, apesar de não acompanhar esta proposta, reconheceu a importância da mesma, reforçando a necessidade de maior pedagogia para que se adeque a procura à oferta.
A propósito de transportes colectivos de passageiros, o parlamentar lembrou também o Governo Regional para o facto de os antigos Combatentes não estarem a beneficiar do passe gratuito nos transportes colectivos, contrariamente ao que foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa Regional numa proposta do CHEGA que adaptou aos Açores o Estatuto do Antigo Combatente. “O que acontece na realidade é que o passe está condicionado apenas a um percurso no concelho onde habitam”, rematou.
Horta, 13 de Setembro de 2023
CHEGA I Comunicação