Portugal é um país cor-de-rosa rosa. Mas neste país rosa não há grandes maravilhas, mas sim muitas mentiras.
Portugal empobrece relativamente aos seus mais directos competidores a um ritmo galopante; os jovens emigram mas continuam a ser rotulados da “ geração mais bem preparada de sempre “ – a culpa já não é do passos e da Troika ; os impostos são asfixiantes e a economia vive esmagada pelos monopólios e oligopólios instalados que concertam preços perante a passividade dos reguladores; os bancos acumulam lucros especulativos explorando os portugueses – os mesmos que lhes salvaram da bancarrota – mas a prestação da casa aumenta todos os meses; milhares de emigrantes ilegais vivem debaixo das pontes mas paga-se a milhares de malandros que não querem trabalhar enquanto as empresas lutam desesperadamente por mão-de-obra.
A burocracia é tanto atroz que o próprio estado não consegue cumprir as suas próprias leis e por isso os PDM`s não são revistos e os investimentos não avançam e os terrenos para construção escasseiam. O património público está ao abandono, as forças armadas estão obsoletas e os barcos avariados, o ensino é laxista e as passagens administrativas são a regra geral, mas se tudo isto já seria mau o suficiente é só esperar até estar doente e ir parar a uma lista de espera infindável. Aumenta o número de funcionários públicos mas cada vez há mais atrasos nos serviços, devido á desorganização falta de modernização e desnorte dos serviços públicos. As greves
Temos um governo socialista que chegou ao poder através duma “ geringonça “ tendo por base programática acabar com a austeridade da Troika e do Passos, branqueando a falência de José Sócrates. António Costa não aproveitou a conjuntura internacional favorável para fazer qualquer reforma no país. Vai “ gerindo “ os casos e casinhos de compadrio, corrupção, nepotismo e incompetência sem grande preocupação, adoptando a estratégia em que é perito “incha, desincha e passa”. O Líder da oposição (André Ventura) vai fazendo o que pode. Marcelo vai-se entretendo com o jogo político do gato e do rato, fazendo muito fumo mas pouca labareda.
Por cá nos Açores a burocracia não foi aliviada, os processos de licenciamento continuam lentos e a cultura anti empresas e anti investimento privado está bem e recomenda-se; os projectos de investimento ou não são aprovados ou não são pagos atempadamente, a ditadura ambiental e a mania do politicamente correto está na máxima força. Os velhos problemas continuam por resolver: subsidiodependência, subfinanciamento da saúde, compadrio, nepotismo, excesso de estado e definhamento da economia privada. Não há mão-de-obra mas assobia-se para o lado perante um exército de malandros que não quer trabalhar. Aprova-se orçamentos com propostas dos partidos que dão suporte ao governo, mas não se cumpre nada, vai-se mentindo e adiando. Temos partidos na coligação que já só representam meia dúzia de gatos pintados, mas continua-se a fazer de contas que não se passa nada, interessa é manter esta espécie de “casamento de fachada” , mas com muitas punhaladas nas costas.
É este o estado de podridão em que vivemos!
Francisco Lima
Vice-presidente do CHEGA Açores