JOVENS TÊM DE SER OUVIDOS PARA QUE OS AÇORES PROSPEREM, DIZ O CHEGA

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O CHEGA entende que os jovens têm de ser ouvidos sobre as diferentes políticas que lhes dizem respeito e que dizem respeito à Região onde vivem, para que se mantenha atractiva no futuro.

Numa intervenção a propósito do Regime de Políticas de Juventude para a Região, apresentado pelo Governo Regional, o deputado José Pacheco referiu a necessidade de se organizarem e criarem mecanismos para melhor exercer as políticas de juventude, mas alertou para que se oiçam os jovens ao nível da habitação, do emprego, das condições de vida, e de tantos outros assuntos. “Os jovens não precisam que o governo lhes diga o que têm de fazer. O governo é que tem de ir ter com os jovens e perguntar o que eles querem que se faça. Temos de ouvir os jovens”, reforçou.

“Temos de dar ouvidos e voz àqueles que têm voz e precisam de ter voz. Porque, da parte dos jovens temos visto uma desilusão e, os que até podiam contribuir, aqui mesmo neste parlamento, dizem que não querem mais. Mas nós precisamos muito da juventude, especialmente na política. Têm de vir outros, mais novos, com nova visão para que se leve esta terra para a riqueza e prosperidade”, referiu o parlamentar.

José Pacheco deixou ainda um desafio ao Governo: “faça-se o levantamento de todas as associações de juventude que surgiram desde 1996”, referindo que desde essa altura “viu-se nascer uma série de associações de juventude, com sedes, com materiais, com viagens. É assim que se compram as pessoas. Quando a juventude era quase completamente esquecida, de um momento para o outro só de falava de juventude”. No entanto, o que resta dessas associações “é pouco ou nada, porque quando damos cabo da irreverência dos jovens e lhes entregamos dinheiro, acaba tudo”.

O parlamentar denunciou ainda que há nos Açores algumas associações de juventude que são presididas não por jovens, mas “por gente mais velha do que eu”. Neste sentido, defende que “a culpa não pode morrer solteira e gente com 60 anos a ser presidente de uma associação que não reúne há anos, não tem actividades e continua a receber dinheiro, é grave”.

Até porque, desta forma, o objectivo de dinamização destas associações de juventude acaba por não existir e “as políticas que existiram desde 1996, de criar e dar dinheiro às associações de juventude, não resultaram”.

Quanto à proposta do diploma apresentado de constituir uma federação de associações de juventude, José Pacheco concorda que se reúnam todos estes jovens “num fórum ou no que quiserem”, mas aconselhou o governo a “dizer que vão receber zero”, e assim se verão aqueles que estão realmente interessados em contribuir para um melhor futuro para os Açores.

Horta, 12 de Julho de 2023
CHEGA I Comunicação