CHEGA EXIGE DEMISSÃO IMEDIATA DO DIRECTOR REGIONAL DA PREVENÇÃO E COMBATE ÀS DEPENDÊNCIAS

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O CHEGA pediu hoje a demissão imediata do Director Regional da Prevenção e Combate às Dependências, Pedro Fins, por apoiar publicamente a descriminalização das drogas sintéticas, enviando ao Governo Regional um requerimento onde quer ver esclarecida a posição do executivo sobre esta matéria.

Para o parlamentar, as dependências são flagelos devastadores para as pessoas, para as famílias e para a própria sociedade, lamentando que ao longo dos anos se tenha deixado a prevenção às dependências “de lado, esquecida, para a substituirmos pela banalização, pelos argumentos fáceis e quase convincentes de que há drogas boas e drogas más, drogas leves ou pesadas”. Mas, a verdade “é que são todas más, sejam elas quais forem, são todas drogas”, reforçou.

José Pacheco referia-se às declarações de Pedro Fins no dia 24 de Maio de 2003, que foram capa de um jornal regional, onde apoiava “a descriminalização para o consumidor porque este precisa de ajuda e criminalizar para o traficante, que faz negócio com estas novas substâncias psicoactivas”. Declarações a propósito de um Projecto de Lei apresentado pelo PSD na Assembleia da República, que pretende equiparar as drogas sintéticas às drogas clássicas, descriminalizando a detenção de pequenas quantidades, distinguindo o traficante do consumidor.

Para o CHEGA, “querer banalizar as sintéticas é dizer que desistimos das pessoas, das famílias, de nós próprios. Pior ainda, é afirmar que não trazem qualquer dano pessoal ou social quando todos nós conhecemos os seus terríveis efeitos”.

Além disso, acrescentou o deputado José Pacheco, banalizar o consumo de sintéticas “é uma ameaça à sociedade e não a protecção do consumidor, segundo alguns dizem. Todo o consumidor acaba por ser um traficante, seja em pequena quantidade, seja em maior. É assim que o mundo funciona e quem diz o contrário anda mesmo muito longe da realidade ou apenas tenta arranjar argumentos para justificar vícios”.

Descartando que o CHEGA não vai ser cúmplice na banalização das drogas sintéticas nos Açores, José Pacheco reforça que na Região “a banalização de qualquer droga deve ser travada e combatida. Da nossa parte cá estaremos para o fazer e relembrar que deve ser feito”.

O foco, entende o parlamentar, “deve estar na promoção de estilos saudáveis de vida através do desporto, da cultura, das nossas vivências comunitárias. O isolamento pessoal ou social deve ser combatido e isto nunca deve ter preço, é um investimento na nossa saúde e bem-estar. Quem não sabe isto não sabe nada e não devia cá estar”, reforçou. Para o CHEGA, a prevenção terá de ser sempre o caminho e não a descriminalização, que acaba por ser um incentivo ao consumo.

Horta, 15 de Junho de 2023
CHEGA I Comunicação