A TARIFA AÇORES TEM UNIDO TODAS AS ILHAS E TODOS OS AÇORIANOS

286

Considerada como um sucesso dois anos depois de ter sido implementada, a Tarifa Açores foi uma ideia lançada pelo CHEGA que teve acolhimento do Governo de coligação, permitindo aos Açorianos deslocarem-se inter-ilhas por apenas 60 euros.

É por isso de forma positiva que o deputado José Pacheco vê o reforço de ligações inter-ilhas para este ano, anunciado pelo Governo, garantindo a mobilidade interna dos Açorianos e “gerando economia, como o CHEGA sempre disse que ia acontecer”, referiu o parlamentar no programa “Fronteira Política” da RTP/Açores.

“O CHEGA lançou este desafio, a 18 de Abril de 2020, ainda antes das eleições e sabíamos que era possível”, referiu José Pacheco, lembrando que nas Canárias já existia um modelo semelhante e, portanto, seria exequível ser replicado nos Açores. “Para nós foi satisfatório. Sempre achámos que ia gerar economia”, revelou o deputado que também reconheceu que tem havido algumas falhas, “nomeadamente, tem falhado a questão dos voos”.

Para o CHEGA trata-se de algumas “dores de crescimento” que podem ser colmatadas com a experiência que se vai adquirindo e, prova disso, é o anúncio recente, por parte do Presidente do Governo Regional, de um reforço de mais 93 mil lugares disponíveis para reservas já para este Verão. “Este ano há este reforço, e bem. Se calhar para o próximo ano vamos ter de fazer outro reforço. Se calhar até vamos ter de alugar alguns aviões para a época de Verão”, referiu José Pacheco que entende que se deve adequar a oferta à procura para maior rentabilidade.

Inconcebível e ilegal, devido às imposições da União Europeia, seria adquirir novos aviões para a companhia aérea que se encontra numa situação financeira bastante debilitada: “para isso já temos os 465 milhões de euros de prejuízo para pagar, não queremos mais”. Mais tarde, entende o deputado, poderá colocar-se a questão de aluguer de aeronaves, para satisfazer a procura, mas até lá há que rentabilizar o que existe. “A União Europeia tem de dar essa autorização. A União Europeia criou condições que temos de cumprir, caso contrário não haverá SATA. Temos de fazer tudo com muito sentido de responsabilidade”, alertou.

Falando em responsabilidade, José Pacheco lembrou que além da importância da rentabilização dos aviões existentes da SATA Air Açores, “há outras coisas para além disto e que importa corrigir”. Neste sentido, deu o exemplo do avião cargueiro que “vai passando de legislatura em legislatura e não se concretiza”. O mesmo acontecendo com a necessidade de se repensar os transportes marítimos de mercadorias. “Andamos em estudos e mais estudos. Esta é a terra dos estudos. As coisas não se fazem, as soluções não aparecem e continuamos a estudar. Isto só estudar não serve, é preciso acção”, concluiu.

Ponta Delgada, 7 de Junho de 2023
CHEGA I Comunicação