Discutir os problemas da SATA Internacional a meio do processo de privatização “de um dos maiores activos tóxicos que a Região tem, é uma forte irresponsabilidade”, entende o deputado José Pacheco que acredita que possíveis interessados podem ficar reticentes ao deparar-se com o conflito de opiniões partidárias sobre o tema “e tudo pode mudar amanhã”.
Numa sessão de perguntas sobre a SATA, o CHEGA denunciou que os Açorianos pagaram de prejuízo de uma companhia aérea 415 milhões de euros, quando muitas vezes os aviões viajam vazios, disse mostrando várias fotografias de aviões da SATA vazios em rotas diferentes. “Quanto custa aos Açorianos cada lugar vazio?”, questionou José Pacheco.
“Quando não dá certo, fecha”, defendeu o parlamentar que é bastante crítico em relação aos prejuízos da SATA Internacional, mas defende a manutenção da ligação aérea inter-ilhas através da SATA Air Açores.
É que, lembra José Pacheco, “415 milhões de euros pagava, durante 75 anos, o complemento de pensão aos nossos idosos. 415 milhões de euros pagava muitas portas e vidros de janelas na Escola de Rabo de Peixe ou no Liceu Antero de Quental ou noutras escolas dos Açores. É dinheiro a mais desperdiçado”.
O CHEGA entende que as várias rotas internacionais deficitárias da companhia aérea regional são responsáveis pelos maus resultados da SATA Internacional. “Porque alguém acha que temos de ter rotas para aqui e para ali. Eu ouvi da boca do antigo Presidente da SATA – agora presidente da TAP – que precisávamos das rotas para trazer turistas. Isto não cabe na cabeça de ninguém. Os Açorianos estiveram a pagar os caprichos destes burgueses”, denunciou.
Para o parlamentar o caminho é a privatização da SATA Internacional, mas “se não conseguirmos privatizar, fechamos a SATA Internacional. O que não dá certo, fecha a porta. É isso que o CHEGA diz desde o início e é assim que deve ser”, reforça.
Questionando o Secretário Regional das Finanças, José Pacheco quis saber o que acontece ao Grupo SATA se não se concretizar a privatização daquele “activo tóxico”.
Horta, 19 de Abril de 2023
CHEGA I Comunicação