Entrevista a Luís Montenegro

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Por José Bernardo
Presidente da Mesa Regional dos Açores

Neste período conturbado da política partidária portuguesa, com o Partido Socialista a autodestruir-se devido a casos de promiscuidade política, de corrupção e de nepotismo que têm vindo a acontecer na sua governação, aguardei expectante a entrevista de Luís Montenegro.
Porquê?
Porque, perante a triste realidade que tem sido a governação PS, temos visto sempre um Primeiro-ministro arrogante, que afirma invariavelmente não ter tido conhecimento dos factos que têm originado tantas polémicas, fugindo assim cobardemente às suas responsabilidades e, a par deste panorama, temos visto um Presidente da República a fazer jogos táticos. Ora dá reprimendas ao governo, ora envia recados ao maior partido da oposição, leia-se PSD, dando-lhe a entender que ainda não o considera preparado para governar, mas que também não o quer a fazer acordos com o CHEGA!
Acontece que este partido não tem, realmente, feito oposição ao governo! Porque é essa a sua escolha ou… a sua incapacidade, sendo já conhecido por PS2.
Perante a pressão da entrevistadora, Luís Montenegro, que pouco ou nada adiantou relativamente a alternativas à governação PS, revelando uma notória falta de criatividade, acabou por afirmar a desgastada ladainha de que, “nunca aceitaria fazer governo com racistas, fascistas, etc. etc. …”.
Ladainha que é repetida dando uso a uma técnica de J. Goebbels: “Uma mentira contada mil vezes torna-se uma verdade”, esperando-se que a sociedade vá interiorizando essa mentira, mas está enganado porque os tempos são outros, o povo já percebeu e o Chega continua a crescer.

O problema de Montenegro é que já percebeu que num governo de coligação com o Chega, ele ficaria completamente ofuscado com a eloquência e brilhantismo de André Ventura.
Por outro lado, Montenegro está peado por não poder desobedecer ao grupo de avental a que pertence e onde proliferam muitos elementos do PS.
Em resumo, quer a entrevista quer os comentadores e comentadeiros, tudo girou direta ou indiretamente em torno do Chega.
Obrigado, Montenegro, por dar tanto enfase ao Chega, “falem bem ou mal, mas falem do Chega”
Parabéns, André Ventura, por teres conduzido o Chega á terceira força política e líder da oposição ao governo.
Contigo o Chega será governo brevemente para salvar Portugal.

José Bernardo