CHEGA INSISTE NA CLARIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO POLÍTICA NOS AÇORES

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No final de uma reunião, a pedido do CHEGA Açores, com o líder nacional do CHEGA, André Ventura, o deputado José Pacheco insistiu que é necessário clarificar a situação política nos Açores, reforçando que o CHEGA Açores continuará a apostar na estabilidade governativa no arquipélago.

José Pacheco admitiu que não é possível “continuar neste ambiente de instabilidade, de ameaça ou de chantagem. Queremos estabilidade, mas também clarificação. Não podemos continuar a brincar com a vida dos açorianos por politiquice”, acrescentando que o resultado “do casamento feito à pressa” entre o Governo Regional e os vários partidos que garantiam a incidência parlamentar está à vista, tal como José Pacheco sempre sentenciou.

Apesar de anunciar o CHEGA como garante da estabilidade, José Pacheco explica que não será a qualquer custo e insiste na necessidade de clarificação da situação política, depois do deputado da Iniciativa Liberal e o deputado independente terem anunciado rasgar o acordo de incidência parlamentar com o Governo. Tal só se resolve, acredita José Pacheco, com a apresentação de uma moção de confiança por parte do Governo Regional para se clarificar se o executivo regional tem ou não condições para continuar em funções.

Para o parlamentar é, efectivamente, uma irresponsabilidade a tomada de posição da Iniciativa Liberal, principalmente numa altura tão delicada em termos económicos como a que se vive actualmente. Ainda para mais, numa altura em que se iniciou também o processo de privatização da Azores Airlines que coincide com a saída do Presidente da companhia aérea regional. “Não podemos dar um sinal de instabilidade que afaste os possíveis compradores ou investidores. O CHEGA vê com estranheza que a IL, depois de ter levantado a bandeira da privatização da SATA, venha agora contribuir para que este processo seja adiado ou até perca credibilidade”, referiu José Pacheco.

O deputado lembrou também que, numa altura em que as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) estão a começar a ser aplicadas na Região, “não precisamos de ficar num lodo político” principalmente porque “as famílias e as empresas Açorianas precisam desta ajuda” nesta altura delicada para muitos Açorianos.

“Com uma crise financeira que vivemos, com uma inflação e taxas de juro a subirem, os Açorianos precisam de estabilidade e de um Governo que os defenda”, recusando que a vontade dos Açorianos seja de eleições antecipadas, o que geraria ainda maior instabilidade quanto ao futuro.

José Pacheco falava no final de uma reunião, a seu pedido, com o líder nacional do CHEGA, André Ventura, que voltou a descrever como “irresponsabilidade” a tomada de posição do deputado da Iniciativa Liberal. “O Chega Açores tem sido e continuará a ser um referencial de estabilidade”, garantiu o Presidente do CHEGA aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa.

André Ventura alertou ainda que o CHEGA Açores não será “um garante de estabilidade a qualquer preço”, reforçando que a situação “só se resolverá com a apresentação de uma moção de confiança”, sendo ao Parlamento Regional quem cabe dar uma resposta. “O Governo dos Açores não pode continuar a fingir que tem apoios parlamentares que não tem”, adiantou ainda André Ventura que entende que só com uma moção de confiança é possível “garantir que há apoio necessário para o último ano e meio de governação”.

O CHEGA insiste que a situação política nos Açores deve ser clarificada, depois da Iniciativa Liberal ter rompido com o acordo de incidência parlamentar, tal como deputado independente, deixando o Governo Regional de coligação sem maioria no parlamento.

Ponta Delgada, 22 de Março de 2023
CHEGA I Comunicação