CHEGA REALÇA PRIORIDADE NA REPARAÇÃO E MANUTENÇÃO DE CAMINHOS AGRÍCOLAS EM TODAS AS ILHAS (VIDEO)

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O deputado José Pacheco visitou hoje o IROA, S.A. – Instituto Regional de Ordenamento Agrário, onde se inteirou do trabalho que tem vindo a ser feito em prol do desenvolvimento rural nos Açores e analisou as obras concretizadas e em curso actualmente em todas as ilhas.

Depois de uma reunião com o Presidente daquela Sociedade Anónima de capitais públicos, Hernâni Costa, o CHEGA reconhece o trabalho que tem vindo a ser feito ao nível das acessibilidades agrícolas, electrificação de explorações, abastecimento e armazenamento de água, sinaléctica agrícola, assim como os projectos desenvolvidos ao nível da reserva agrícola regional. Além destes trabalhos, há anda a reparação e manutenção dessas mesmas estruturas e que têm ficado muitas vezes por fazer devido ao curto orçamento. “É uma empresa pequena, com 27 funcionários, com graus de execução muito bons – sempre acima dos 85% – e que provavelmente tem um orçamento curto para todo o trabalho que desenvolve. A empresa não pediu mais pessoas, mas talvez com mais dinheiro pudesse fazer mais”, realçou o deputado José Pacheco no final da reunião.

“No passado fizeram-se trabalhos muito bons, como os caminhos de acesso, mas esqueceram-se que a manutenção é necessária e que um caminho que agora é inaugurado ao fim de 5, 10 ou 15 anos pode não existir e vai ter de se fazer um reinvestimento”, alertou o deputado que entende ser necessário pensar-se nos investimentos para que se possa acautelar a sua manutenção a longo prazo para não haver duplicação de gastos de dinheiros públicos.

E porque a manutenção também é obrigação de quem usa os equipamentos diariamente, o CHEGA entende que os lavradores devem ser responsabilizados. “Há muito caminho agrícola mal-amanhado porque os lavradores deixam que isso aconteça, não há coimas suficientes, não há responsabilização. Tem de haver sensibilização, mas, por exemplo, quem corta uma linha de água tem de ser responsabilizado e tem de perceber porque é que foi multado”, refere o parlamentar que entende que essa é a única forma de haver uma parceria justa entre os serviços e a lavoura. “O lavrador sério não pode pagar pelo desmazelo do lavrador que deixa que as coisas aconteçam, e depois o Estado é que tem de pagar por isso. Isso não é correcto e não vou deixar que isso aconteça”, reforçou José Pacheco.

Na reunião com a Direcção do IROA, foi ainda apresentada a capacidade da empresa pública conseguir captar investimento comunitário, que acaba canalizado para a Região. “O IROA pode ser uma arma muito boa, para o Governo e todos os Açorianos, para captar fundos europeus e maximizar esse investimento. Os fundos comunitários para os Açores e para a agricultura estão a diminuir, as verbas estão a ser canalizadas para países de Leste, mas devemos fazer mais pressão na Europa para conseguirmos captar mais verbas. Muito há ainda a fazer e faz falta esse dinheiro que vem da Europa”, destacou o parlamentar que reconhece a importância da proximidade do IROA com os agricultores.

Ponta Delgada, 23 de Fevereiro de 2023
CHEGA I Comunicação