O debate era sobre o “funcionamento de cantinas e bufetes escolares”, mas depressa foi direccionado para as dificuldades dos pequenos empresários da Região, para as empresas que recebem sempre apoios do Governo e para o salário mínimo regional.
Para José Pacheco, o tecido empresarial nos Açores divide-se em “dois mundos”: os grandes grupos económicos, e as micro, pequenas e médias empresas que são a maioria no arquipélago. Distinguindo-se ainda os empresários que distribuem os lucros e os “capitalistas selvagens” que maximizam o seu negócio à custa do sistema que os possa ajudar com subsídios. “E dizer que isso é mentira, é chamar-nos cegos. Todos temos familiares e amigos que trabalham para estas pessoas e que estão insatisfeitos”, referiu o parlamentar que afirmou que as grandes empresas fazem “chantagem” não só com quem para elas trabalha, mas também a quem lhes vende, que são as pequenas empresas.
José Pacheco afirmou que respeita os empresários “que são sérios, que não estão preocupados com subsídios”, referindo que em relação aos apoios todos têm igualdade de oportunidades para concorrer, mas a verdade é que uma grande empresa tem maior capacidade de absorver dinheiros de subsídios, “tal como no Programa de Recuperação e Resiliência – PRR”.
O parlamentar reforçou que “o importante é que os Açorianos percebam que estamos preocupados com a economia e não achamos que as empresas são cegamente iguais. Pois uns são capitalistas selvagens e outros são gente séria. O Secretário das Finanças é que tem de fazer, depois, esse filtro”.
Mas, voltando ao diploma das cantinas, a matéria em apreço é saber se as famílias vão pagar menos ou pagar mais pelas refeições escolares, e, por isso, “perceber se essas mesmas refeições, por oposição, vão custar menos ou mais ao Governo Regional”, destacou o parlamentar.
Horta, 19 de Janeiro de 2023
CHEGA I Comunicação