ATAQUES AO GABINETE ANTI-CORRUPÇÃO SÃO SINAL QUE O BLOCO DE ESQUERDA NÃO QUER FISCALIZAÇÃO

27

As nomeações de familiares de governantes na actual legislatura continua a levantar polémicas e, desta vez, foi o Bloco de Esquerda que levou à Assembleia Regional o assunto que já motivou dois requerimentos por parte do CHEGA.

“Fizemos os requerimentos que devíamos fazer e aguardamos as respostas”, para saber se houve ou não favorecimento nas ditas nomeações, referiu o deputado José Pacheco. “Obviamente que não é novidade que o CHEGA quer mérito e transparência nas nomeações e nos concursos públicos, e não queremos que os açorianos estejam constantemente nas mesas de café a enxovalhar A, B, ou C, ou até à minha pessoa, porque eu falo ou não falo sobre o assunto”, disse ao acrescentar que “as coisas têm de ser e parecer transparentes e sérias e estamos cá para analisar se o são ou não”.

Na declaração política, o Bloco de Esquerda acusou ainda o Gabinete Anti-Corrupção de inacção, ao que José Pacheco considerou que “não é pelo facto de haver polícia que deixa de haver ladrões”, referindo-se ao facto deste gabinete – proposto pelo CHEGA – ter já trabalho feito.

“A informação que tenho é que o gabinete funciona, dentro das suas limitações. E conto com o seu contributo [do Bloco de Esquerda] para melhorar o seu funcionamento”, referiu José Pacheco para quem o facto do Bloco de Esquerda estar sempre a atacar o referido gabinete “é sinal que não quer fiscalização”. E acrescentou que o CHEGA quer que tudo seja fiscalizado. “Eu quero essa fiscalização. Todos os dias, incluindo à minha pessoa. A todos. Vamos fiscalizar as nomeações, os jeitos que são dados aos amigos. É preciso parar com este mundo que estamos a assistir, também na República”, concluiu.

Horta, 19 de Janeiro de 2023
CHEGA I Comunicação