O CHEGA está preocupado com o fim de vida do sistema de cabos submarinos, que liga digitalmente os Açores ao mundo, e com a sua substituição, que pode levar a Região a perder competitividade.
Neste sentido, foi hoje enviado ao Governo Regional um requerimento onde é questionado o desvio, da ilha de São Miguel para a ilha Terceira, da principal ligação do designado Anel CAM (Continente-Açores-Madeira), como já anunciado pelo executivo.
O deputado José Pacheco quer saber o que levou o Governo a desviar para a ilha Terceira a principal ligação do CAM nos Açores, questionando se São Miguel perderá a ligação submarina directa a Lisboa.
O documento alerta que a ilha de São Miguel concentra mais de metade da população (56%) e é o motor económico dos Açores com 58% do PIB, questionando o deputado do CHEGA se a ilha de São Miguel fica prejudicada ou poderá perder competitividade com o facto de deixar de ter a ligação directa ao continente.
José Pacheco questiona ainda se poderá representar “um risco acrescido de avarias para a Região” esta perca da ligação submarina directa a Lisboa, já que passam a existir mais dois pontos de amarração.
O requerimento refere ainda que o Anel CAM atinge o seu fim de vida útil em 2024, querendo o CHEGA saber se o Governo da República garante um novo sistema em funcionamento àquela data. Caso ainda não haja essa garantia, José Pacheco quer saber que medidas estão a ser tomadas pelo Governo para garantir que a Região não perde a sua ligação ao mundo digital.
“Os cabos submarinos são de extrema importância para a nossa Região, o processo e é preciso saber se está assegurada, aquando do fim de vida útil dos cabos existentes, uma solução que nos permita manter a nossa ligação ao mundo”, questiona o deputado José Pacheco. Relativamente à informação veiculada pelo Governo Regional de desviar para a ilha Terceira um dos pontos de amarração do novo Anel CAM, José Pacheco quer perceber “se a ilha de São Miguel não perderá competitividade, já que é a ilha que mais contribuiu para o PIB regional e onde reside a maioria da população açoriana”.
Ponta Delgada, 13 de Janeiro de 2023
CHEGA I Comunicação