NÃO PODE HAVER UMA SAÚDE PARA RICOS E OUTRA PARA POBRES, DEFENDE O CHEGA (VIDEO)

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O deputado do CHEGA reuniu, esta tarde, com o Conselho de Administração do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, onde teve oportunidade de conhecer a própria realidade do hospital e apresentar uma proposta do CHEGA para a área da saúde.

“Hoje apresentamos e explicamos umas das nossas propostas na área da saúde e que consiste no Cheque Saúde. Trata-se de uma proposta que já teve o aval do Governo Regional para ter verba incluída no Orçamento, mas que o CHEGA irá apresentar na Assembleia Legislativa como proposta legislativa”. O Cheque Saúde vai permitir que sempre que não se conseguir cumprir prazos ou adivinhar o cumprimento dos mesmos para vários procedimentos de saúde, a Região passa a pagar esses procedimentos no privado.

Este Cheque Saúde vai também permitir libertar algum trabalho ao HDES e dar uma resposta mais rápida aos doentes porque, frisou José Pacheco, “não podemos ter uma saúde para ricos e outra para pobres. O que é preciso é garantir que todos os açorianos tenham acesso a cuidados de saúde de igual modo”, disse.

Entre os muitos assuntos abordados na reunião, José Pacheco destaca também a necessidade da existência de uma UBU – Unidade Básica de Urgência que, no fundo, seria uma valência que poderia prestar um serviço como o extinto SAU que, “de um momento para o outro, desapareceu”.

“Não se compreende como é possível que o concelho de Ponta Delgada seja a única localidade nos Açores onde não exista um atendimento para casos menos urgentes ou pouco urgentes. Tal situação congestiona e entope as urgências do HDES, torna os tempos de espera muito longos e causa insatisfação geral”, avançou o deputado do CHEGA.

Com um serviço destes, poder-se-ia libertar as urgências do hospital para os casos mais graves, urgentes e muito urgentes, passando os não prioritários para esta UBU. Para o parlamentar, “é necessário mudar e fazer diferente, criando assim duas urgências”. José Pacheco recordou também que muitas das pessoas que procuram as urgências, em particular idosos e crianças, só o fazem porque, muitas vezes, é a única forma de terem uma consulta, de forma rápida, por falta de médico de família na sua área de residência, defendendo, por isso, a necessidade de ter outro tipo de resposta.

“A meu ver, é uma falha muito grande no maior concelho dos Açores e onde recorrem a este hospital não só utentes de Ponta Delgada, bem como também de outros concelhos da ilha. Até me causa estranheza que exista um Centro de Saúde mais acima e que, na altura em foi projectado, não se tenha pensado nisso”, advertiu.

Na reunião entre José Pacheco e o Conselho de Administração do HDES o deputado foi ainda alertado para a necessidade de se renovar os aparelhos naquela unidade de saúde, sendo que a maior parte tem a mesma idade que o hospital, 23 anos, estando obsoletos e ultrapassados.

O Hospital de Ponta Delgada conta actualmente com 655 enfermeiros e 358 médicos.

Ponta Delgada, 28 de Outubro de 2022
CHEGA I Comunicação