No debate de um projecto de Decreto Legislativo Regional para que se aumente o acréscimo regional ao salário mínimo de 5% para 7,5%, o CHEGA reconheceu que “qualquer cidadão preferia ganhar sempre mais. É natural que assim seja. Mas não nos podemos esquecer que depois, se o salário mínimo fosse de 2 mil euros, um pacote de açúcar custaria 20 euros”.
O deputado José Pacheco argumentou que além de se falar no aumento da remuneração mínima, também se devia começar a falar no aumento dos salários médios já que “os açorianos que trabalham há 20 ou há 30 anos e que vão vendo o seu ordenado subir a passo de caracol, estão muito preocupados”. O CHEGA lembrou que cada vez mais, a diferença entre o ordenado mínimo e o ordenado médio de quem trabalha no privado, “é tão pequena que é gritante”.
No entanto, se algumas empresas dos Açores podem efectivamente pagar mais aos seus trabalhadores, há outras que, podendo, não o fazem.
Foi neste sentido que José Pacheco afirmou que uma forma devolver mais poder de compra aos açorianos, é baixando os impostos. “Assim todos vão ser beneficiados e vão levar mais dinheiro para casa”. O parlamentar reforçou que quando se aumenta o ordenado mínimo apenas alguns são beneficiados, “mas os grandes pagadores de impostos nunca vão ser beneficiados. E quem está em casa sabe que é verdade. Temos é de baixar os impostos”, referiu.
No seguimento de uma intervenção do Partido Socialista – que acusou o actual Governo de integrar na função pública 4.500 pessoas e de apontar o dedo ao CHEGA por não se imiscuir no assunto – José Pacheco questionou se essas 4.500 pessoas “foram trabalhar para as escolas ou para os hospitais? Seriam as pessoas que estavam nos programas ocupacionais ou a recibos verdes por parte do Governo socialista?”.
Caso tenham sido estas pessoas integradas na função pública, disse José Pacheco, “fico muito satisfeito, porque a precariedade que o PS criou impediu que as pessoas pudessem avançar com a sua vida. Agora vão fazer o que sabem fazer, e que deviam estar a fazer, mas com uma possibilidade de futuro porque antes nem uma bicicleta podiam comprar”, concluiu.
Horta, 21 de Outubro de 2022
CHEGA I Comunicação