PROFISSIONAIS DEVEM SER ESCOLHIDOS POR MÉRITO E NÃO POR FACILITISMOS

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O CHEGA rejeitou hoje uma proposta do Bloco de Esquerda que implicava a integração de profissionais de saúde no Serviço Regional de Saúde, que foram contratados temporariamente para dar resposta à pandemia da Covid-19.

Apesar de considerar que os profissionais de saúde “foram verdadeiros heróis” num dos momentos mais difíceis em termos de saúde por que passou todo o mundo, José Pacheco entende que deve ser feito concurso público para que estes profissionais possam ser integrados e não “deixar entrar toda a gente na função pública”.

O deputado explicou que “deve ser feito concurso e deve-se dar oportunidade a todos. Eu gostaria que estas pessoas fossem integradas, porque temos essa gratidão para com eles. Mas essa gratidão não se paga com o dinheiro dos contribuintes”, reforçou José Pacheco ao acrescentar que estes profissionais de saúde devem ser integrados, mas de forma legal e legítima.

Comparando com o problema que também se sente nas escolas – com pessoal contratado ao abrigo de programas ocupacionais para realizar trabalho essencial – o parlamentar disse “acreditar piamente que muitas destas pessoas, até são pessoas muito competentes e dedicadas. Logo, obviamente que num concurso vão ser escolhidas”. Desta forma, considerou que as pessoas devem estar nos locais de trabalho “por mérito e não por facilitismos”, tal como pretende a proposta do Bloco de Esquerda.

José Pacheco atirou, para a bancada do Partido Socialista, que “gostam de engrossar a administração pública, mas depois já não é convosco pagar a estas pessoas”, indicando que com estas medidas do Bloco de Esquerda apoiadas pelo Partido Socialista “estão a criar esperança a estes profissionais com uma coisa que não é razoável”.

O CHEGA considerou que não deve haver trabalho precário, mas sim pessoas motivadas. No entanto, reconheceu que “o processo tem de ser feito pelas vias correctas, e não com facilitismos”.

Horta, 7 de Setembro de 2022
CHEGA I Comunicação