É uma das bandeiras do CHEGA e, apesar de alguns contratempos, já começa a dar resultados a instalação do Gabinete de Prevenção da Corrupção e da Transparência, que é pioneiro a funcionar a nível nacional.
Numa visita às novas instalações do Gabinete, liderado por Francisco Lima, o deputado do CHEGA revelou que já se notam consequências positivas “nem que seja de alguém ligar para saber como pode fazer para não estar em infracção. Temos de normalizar estas questões e temos de começar a separar e entender que há a legalidade e há a moralidade. Não podemos andar a brincar, as coisas têm de ser feitas com ética e dentro da legalidade”.
Neste sentido, referiu José Pacheco, essa normalização passa também pela política e referiu que a recente nomeação de um novo Presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde do Corvo é um desses casos paradigmáticos. “O caso do Corvo é um escândalo que nunca devia ter acontecido. É legal, mas também é imoral: temos um senhor sobre quem ainda está a decorrer um processo por corrupção e que vai gerir uma unidade de saúde. Isto é gozar com as pessoas”, transmitiu.
A solução passa por começar a incutir nos mais novos a normalização da prevenção da corrupção e da transparência. “Com uma boa formação cívica. Em vez de andarem preocupados com os LGBT, comecem a falar nas escolas de corrupção e de boas práticas. Em vez de os senhores professores andarem preocupados com identidades de género, chamem o gabinete anti-corrupção para dar essa formação”, referiu José Pacheco que entende que as próprias crianças depois vão começar a levar o tema para casa “e vão até educar os pais neste sentido”.
Durante a visita às novas instalações do Gabinete de Prevenção da Corrupção e da Transparência, que deverá instalar-se até final deste ano num edifício na Avenida Álvaro Martins Homem, em Angra do Heroísmo, o deputado do CHEGA referiu a necessidade de mais inspectores afectos a esta temática, até devido à dispersão geográfica do arquipélago. No entanto, salientou que “tudo o que for apurado por estas equipas é encaminhado para os tribunais, mas os prazos podem prescrever” e, desta forma, destaca a prevenção como a mais eficiente arma deste Gabinete. “Se não querem que o CHEGA denuncie, não deixem acontecer”, referiu.
O Gabinete de Prevenção da Corrupção e da Transparência tem actualmente 12 inspectores no activo, estando a decorrer um processo de recrutamento para mais dois elementos, e tem vindo a realizar várias formações para estes profissionais. Ao mesmo tempo tem vindo a concretizar várias acções inspectivas, nomeadamente a escolas, juntas de freguesia e unidades de saúde, e tem já realizado algumas acções de sensibilização junto de empresas, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Em jeito de balanço desta visita José Pacheco, que se fez acompanhar de elementos do CHEGA Terceira, confessou que “em Janeiro, numa visita às actuais instalações, tínhamos ficado bastante desiludidos, mas agora estamos a ver instalações muito melhores e com condições de trabalho para os ainda pouco inspectores – porque gostaríamos que houvesse mais profissionais nesta área. Mas já houve consequência positivas da instalação deste Gabinete de Prevenção da Corrupção e da Transparência, por isso penso que estamos no bom caminho”, concluiu.
Angra do Heroísmo, 14 de Julho de 2022
CHEGA I Comunicação
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