Falecido recentemente, Miguel de Braga Pimentel foi hoje lembrado pelo CHEGA na Assembleia Legislativa Regional através de um voto de pesar, onde foi reconhecido o percurso daquele que tanto fez pela divulgação da viola da terra.
Nascido na freguesia da Maia, em São Miguel, Miguel de Braga Pimentel começou a aprender a arte da viola da terra aos sete anos com o seu pai – Miguel Moniz Pimentel – e depressa se interessou por este instrumento tão típico. Trilhou o seu percurso profissional enquanto PSP, mas nunca deixando de lado o instrumento que tanto o entusiasmou.
O deputado José Pacheco lembrou a importância de Miguel de Braga Pimentel para o estudo da viola de dois corações, quando começou a leccionar cursos livres no Conservatório de Ponta Delgada e quando foi percorrendo todas as freguesias da ilha, ensinando quem quisesse aprender a tocar a típica viola.
“Cursos que muito contribuíram para despertar ainda mais o gosto pela viola da terra por toda a ilha de São Miguel”, lembrou José Pacheco que referiu os vários trabalhos editados pelo tocador que levou mais longe o som da viola da terra.
“Com a dedicação que lhe é reconhecida, o Mestre Miguel de Braga Pimentel fundou o Grupo Micaelense de Violas da Terra e durante anos actuou com o grupo, mostrando a riqueza deste instrumento característico das ilhas”, tendo-se dedicado também a estudar a música tradicional regional e à arte da violaria.
O parlamentar lembrou ainda que a vida e obra de Miguel de Braga Pimentel podem ser apreciadas no livro “biografia toada”, da autoria de Ricardo Melo e Patrícia Bettencourt, que deram a conhecer “um pouco mais sobre a vida do mestre tangedor, mas também sobre a sua técnica que foi aperfeiçoando ao longo dos tempos”.
Horta, 2 de Junho de 2022
CHEGA I Comunicação