A baixa natalidade que se sente nos Açores tem levado ao despovoamento de algumas ilhas, principalmente as mais pequenas, e os factores são vários: “passando pelo empobrecimento da classe média, a uma ausência de uma política habitacional eficaz que favoreça as famílias e a sua fixação”.
As palavras são do deputado José Pacheco que, numa declaração política, lembrou que o CHEGA quis contrariar esta tendência quando apresentou em Novembro passado, um apoio à natalidade que poderia ir até mil e quinhentos euros por nascimento. “Este foi o compromisso firmado, o nosso contributo para o progresso demográfico dos Açores”, referiu o parlamentar.
Um incentivo destinado “àqueles que o sistema erradamente apelida de “ricos”, mas que mais não são que os tais pobres que trabalham todos os dias, aqueles que contribuem com uma pesada carga de impostos e inúmeras taxas, como é sabido. Anteriormente eram chamados de classe média, hoje temos alguma dificuldade em apelidar tal patamar social porque não são nem ricos nem pobres, talvez os chamasse de meros trabalhadores, talvez de Povo sem voz, mas com demasiados deveres sociais e contributivos”. E que nunca pretendeu retirar qualquer apoio aos mais desfavorecidos.
Na prática, refere José Pacheco, “quem recebe um salário de 700 euros, trabalhando um dia inteiro é muito mais pobre do que quem não trabalha e recebe um acumular de apoios sociais, habitacionais e alimentares” e, por isso, entende que “talvez para estes tenhamos de olhar de forma mais positiva e não condenatória, como muitos continuam a fazer. Temos de acabar com o parasitismo social e com as políticas e políticos que se alimentam dele”.
O parlamentar entende que tem de se acabar com “um estado paternalista” – que se esconde por detrás da caridade, mas que esquece quem realmente trabalha – e lembra que com o aproximar do novo orçamento “tudo se irá prometer, tudo terá um argumento, tudo irá parecer cristalino como água, mas não é ao CHEGA que têm de convencer, mas sim aos açorianos, que viram mais uma boa medida guardada na gaveta”.
Lembrando que o CHEGA veio “para fazer diferente e colaborar nessa diferença”, José Pacheco reforçou que sendo esse contributo ignorado “não é o CHEGA que perde, mas sim todos os açorianos que confiavam na mudança” e que transmitem constantemente que nada mudou.
Neste sentido, “que futuro para as crianças dos Açores?”, questionou o parlamentar. A resposta, deve surgir através de “boas acções e não apenas de simples promessas eleitoralistas. Temos de assumir este compromisso com as novas gerações, de fazer diferente, mas sobretudo, de fazer mais e melhor”, disse.
No final da intervenção, respondendo em à parte regimental ao Vice-Presidente do Governo Regional, o deputado José Pacheco concluiu que “o CDS colocou em prática as suas propostas, e fechou a do CHEGA na gaveta”.
Horta, 2 de Junho de 2022
CHEGA I Comunicaçã