O deputado do CHEGA, José Pacheco, alertou, esta tarde, na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, que falar da vinha é também falar de um dos produtos de excelência dos Açores: os vinhos, reconhecendo que se trata de um produto de valor acrescentado e que, por isso, é preciso saber valorizar este produto açoriano, “não pela quantidade, mas pela qualidade ou pela diferenciação”, referiu.
Intervindo no debate a propósito da Proposta de Decreto Legislativo Regional que “Cria o Instituto da Vinha e do Vinho dos Açores, IPRA”, apresentada pelo Governo Regional dos Açores, José Pacheco reconheceu que, dificilmente, nos Açores, se irá produzir vinho que consiga combater com os grandes mercados internacionais, defendendo, contudo, que a Região tem “capacidade para, facilmente, entrar em determinados nichos”, valorizando, assim, o vinho que se produz nos Açores.
Uma valorização que o parlamentar entende que é uma função do Estado, do Governo e dos próprios deputados. Para o CHEGA é necessário “apostar no marketing, como disse o Secretário Regional da Agricultura e na promoção, levando o mais longe possível o nome e os produtos dos Açores”, recordando que, simultaneamente, serão precisas resolver outras questões como a exportação ou capacidade de transporte.
Por outro lado, e referindo-se à valorização dos produtos dos Açores, José Pacheco frisou que é preciso combater também as linhas brancas, dando como exemplo o que acontece, actualmente, com o leite e com “a quantidade de linhas brancas” deste produto que só faz o preço descer.
Para José Pacheco, “o vinho nos Açores é um produto de excelência e que se tem revelado cada vez melhor, e não podemos cometer os erros do passado. Temos que aprender, reflectir e parar se necessário for, para fazer um melhor trabalho nesta matéria”, disse.
A este respeito, o parlamentar avançou que foi com agrado que soube que a Adega Vitivinícola dos Biscoitos, na ilha Terceira, soube combater que os vinhos ali produzidos fossem usados para linhas brancas, advertindo que se o Governo tiver a mesma “coragem de manter os nossos produtos genuínos, de marca Açores, e sem a banalização desta mesma marca, creio que os Açores só têm a ganhar e irão valorizar, sem dúvida, as vinhas dos Açores”.
Em jeito de conclusão, o parlamentar chamou ainda a atenção para a preocupação de muitos produtores e que se prende com a falta de mão-de-obra para trabalhar nas vinhas, alertando que, também nesta área, é preciso fazer mais e criar mais incentivos ao emprego”.
Horta, 8 de Fevereiro de 2022
CHEGA I Comunicação