“AS CORPORAÇÕES DE BOMBEIROS NÃO PODEM CONTINUAR DE MÃO ESTENDIDA”, DIZ O CHEGA

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No âmbito da sua actividade parlamentar, o deputado do CHEGA esteve reunido com o presidente dos Bombeiros Voluntários da Horta para conhecer e entender as reais necessidades daquela Corporação de Bombeiros, bem como dar conta do andamento da proposta do CHEGA que foi aprovada e consta do Orçamento da Região para este ano e que consiste na entrega de viaturas a quatro corporações de bombeiros dos Açores, entre elas a do Faial.

Por outro lado, José Pacheco teve ainda oportunidade de trocar impressões sobre uma outra proposta do CHEGA que tem por objectivo profissionalizar os soldados da paz.

Trata-se de um processo que está a ser estudado e que tem vindo a ser trabalhado inclusive com a Associação Nacional de Bombeiros, com conversas neste sentido. “Temos assistido a um cada vez menor interesse por voluntários nas corporações”, daí que o CHEGA defende uma integração dos bombeiros no Estado, à semelhança do que acontece, por exemplo, com as polícias ou exército.

“Os bombeiros não podem continuar à margem daquilo que são as funções e as responsabilidades do Estado e, neste sentido, defende que as Associações Humanitárias devem começar, de forma gradual, a serem integradas nos serviços do Estado”, disse José Pacheco, que entende que “as Corporações não podem continuar de mão estendida à espera da boa vontade dos políticos. Sabemos que tem havido uma boa colaboração entre o Governo e estas Associações, mas o que é certo é que nem sempre funciona com todas as Corporações ou da forma mais desejável”, comentou o parlamentar.

Para José Pacheco, “o Estado tem a obrigação de cuidar de todos os nossos bombeiros”, dizendo não entender como se fala em 3.2 mil milhões de euros para uma TAP ou em largas centenas de milhões para injectar numa SATA Internacional que “continua a dar prejuízos, e não se fala de bombeiros. “Ainda hoje fiquei a saber que querem gastar mais de 5 milhões no Clube de Golfe da Terceira. Não dá para entender estas prioridades”, comentou, acrescentando que “são nestes serviços que se deve gastar o dinheiro” dos contribuintes.

A título de exemplo, José Pacheco deu conta do que verificou na Associação de Bombeiros da Horta que possui duas viaturas com mais de 30 anos e que já não podem ser mais recuperadas. Neste caso, observou o deputado do CHEGA, “entendo que o Estado deveria agir de imediato de modo a que as corporações não tenham que se preocupar com estas questões técnicas, porque a missão destes soldados da paz é zelar pela segurança e bem-estar de todos os açorianos, e é disso que se trata e não se pode brincar com a vida dos açorianos”, advertiu.

“No Faial, por exemplo, só existe esta corporação que serve toda a ilha, se algum equipamento fundamental falhar, não há outro para o substituir e isso não deve acontecer, sob pena de se estar a colocar em causa a vida das pessoas”, concluiu José Pacheco.

Horta, 19 de Janeiro de 2022
CHEGA I Comunicação