“A ECONOMIA FAZ-SE COM AS EMPRESAS E NÃO COM O ESTADO”, ALERTA O CHEGA

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O deputado do CHEGA lamentou hoje na Assembleia Legislativa Regional dos Açores que tenhamos uma Europa “que nos dá com a direita, mas tira com a esquerda”, reconhecendo, contudo, que “sem esta Europa, dificilmente estaríamos onde estamos”.

Na sequência de uma declaração política apresentada esta Quarta-feira pela IL, José Pacheco, asseverou que, de uma vez por todas, é preciso “perceber se, mais uma vez, o tal dinheiro que já veio por aí com as agendas mobilizadoras, mas que depois vimos onde deu, se vai realmente parar às mãos das pessoas, se vai ser injectado na economia, se vai para as famílias ou se vai parar aos mesmos. É esta sempre a nossa preocupação”, disse.

Para José Pacheco, é fundamental que se corte com o passado e se faça um novo caminho, cumprindo com aquilo que se prometeu a quem votou neste Governo. Admite o parlamentar que “é inconcebível, continuar a arranjar desculpas para que o caminho seja o mesmo, mas com pedras diferentes”.

O deputado do CHEGA realçou, a propósito, que a economia faz-se com as empresas, que dão emprego, e não com o Estado, adiantando que “não há empregos, sem as empresas. Isto sim, seria um Estado comunista em que seria o próprio a gerar o emprego”.

“São as empresas e em particular as pequenas e médias empresas que, todos os dias, gritam, todos os dias têm dificuldades e todos os dias chamam a atenção que algo está mal. Mas o Estado dá-lhes um rebuçado e calamo-nos durante alguns meses”, frisou.

José Pacheco assegura que todos os dias a sociedade lança “gritos de alerta”, dando como exemplo o sector da cultura ou o sector agrícola que se dizem aflitos. “Temos que ouvir quem está lá fora, quem está aflito”, alerta, advertindo que o “papel do Estado não é promover a subsidiodependência, mas sim criar as condições para que as empresas consigam fazer o seu trabalho e gerar lucro”.

No entender do CHEGA, “quando, para se abrir uma empresa, se começa procurando qual o subsídio que se pode recorrer, o melhor é nem abrir esta mesma empresa”, comentou, considerando que não é assim que se gera mais economia, baseada na subsidiodependência. “Não se gera falsos empregos baseados nesta premissa”, argumentou, avançando que “os apoios foram fundamentais em situações excepcionais, como é o caso da crise pandémica, mas é imperioso que se consiga andar pelos próprios pés”.

Por outro lado, José Pacheco deixou um recado ao Governo Regional dizendo aguardar “ansiosamente por perceber qual o caminho da SATA. Para o parlamentar, “é preciso saber o que foi dito a Bruxelas e perceber que fim ou que começo terá a empresa”.

A finalizar, o deputado deixou o alerta para a actual governação, observando que se se considera uma solução de direita “temos de agir como tal, e não andarmos a dar continuidade às políticas de esquerda”, concluiu.

Horta, 12 de Janeiro de 2022

CHEGA I Comunicação