CHEGA PEDE EXPLICAÇÕES AO GOVERNO DOS AÇORES SOBRE PRR

108

O deputado do Chega estranhou, esta manhã, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores que a bancada socialista, a mesma que esteve no poder, nos Açores, durante 24 anos, esteja preocupada, agora, que os fundos provenientes das Agendas Mobilizadores, que estão previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “vão sempre para os mesmos”.

Durante o debate de urgência sobre a “Implementação do Plano de Recuperação e Resiliência na Região”, apresentado pelo Grupo Parlamentar do PS, José Pacheco frisou que “se são os mesmos (a receber os fundos), é porque no passado já o eram e quem dava este mesmo dinheiro era o PS, defendendo, por isso, que se tratam de “vícios” que foram “alimentados” pela governação socialista que também falhou na comunicação e criou “este monstro”, tendo colocado um “elefante dentro da loja da porcelana”.

De acordo com o parlamentar e, tendo em conta que durante o período de candidaturas às Agendas Mobilizadores, “ninguém concorreu ou se interessou ou teria condições para o fazer, correndo-se o risco do concurso ficar deserto, importa saber para onde irá a verba de 117 milhões de euros do Governo da República para os Açores.

“Parece-me, realmente que, no final deste processo, a fotografia saiu tremida, por isso importa saber, objectivamente, se o Governo Regional dos Açores tinha, efectivamente, responsabilidade directa nesta matéria”, advertiu José Pacheco que quer saber ainda “porque razão os pequenos empresários acabaram por ficar excluídos deste processo”.

Para o deputado do Chega, “a verdade é que acabam por serem sempre os mesmos a pagar a factura e uns outros, muito poucos, a usufruir dos benefícios”, disse.

“Pensei que tínhamos chegado ao tempo em que isto ia terminar”, frisou.
Fazendo uma analogia futebolista, José Pacheco considerou que o debate de urgência sobre a Implementação do Plano de Recuperação e Resiliência na Região, apresentado pelo PS, serviu para atacar o Governo Regional, defendendo Governo da República, do socialista António Costa, que “não está preocupado com os Açores”, “olha para Região como se fossem ilhas distantes e esquecidas” e que fez “um 31 com o qual o Governo Regional foi a jogo e correu mal”.

Para o deputado do Chega, se neste processo há “desconfiança”, “favorecimentos”, “tráfico de influências”, ou “falta de transparência”, pois que se investigue, uma vez que se fala de corrupção.
“Vamos ter um Gabinete Anticorrupção, anunciado ainda há poucos dias, e o Chega é o primeiro a subscrever a que se faça um inquérito para se apurar se estas acusações são verdadeiras ou falsas”, advertiu José Pacheco.

Finalizando, o deputado do Chega questionou ainda todas as bancadas “se interessa, ou não, que o dinheiro venha para os Açores, isto é que é importante saber”, declarou, adiantando que 117 milhões de euros fazem muita falta aos Açores.

“Não podemos deitar tudo a perder, porque alguém tem suspeitas, não confirmadas, e acha que tudo é corrupção, que tudo está mal feito e que somos todos vilões. É preciso trabalhar e remediar o que não foi feito. Não tenho de defender o Governo Regional, mas também não tenho que o colocar na fogueira”, conclui o deputado.

Horta, 19 de Outubro de 2021
CHEGA I Comunicação