O deputado José Pacheco chamou, esta manhã, à atenção para a importância de se começar a dar mensagens de esperança à população no que toca à pandemia provocada pela infecção de covid-19.
Intervindo na Comissão de Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, o deputado do Chega alertou, a propósito das medidas impostas para a contenção da pandemia, que se corre o risco de “não morrer da doença, mas sim da cura e isso quer dizer economicamente, socialmente, educativamente, etc.”.
Entendendo que a sociedade não pode menosprezar a gravidade da doença, até porque já levou à morte de centenas de pessoas, José Pacheco advertiu que “também não podemos incutir uma cultura de medo como se fez desde o aparecimento deste vírus, passando uma mensagem de calamidade”, frisou. Para o parlamentar, “houve um medo excessivo cultivado por algumas pessoas e isso não é razoável”, explicando que se assistiu a situações em que “houve concelhos com cerca sanitária quando tínhamos, em simultâneo, algumas actividades a funcionar e outras continuaram e ainda estão proibidas de funcionar. A nossa cultura desapareceu, as actividades comerciais pararam durante alguns meses, algumas já conseguiram recuperar, outras nem por isso”.
José Pacheco recordou que desde o aparecimento da pandemia deixou-se de falar em todas as outras doenças, algumas mais mortais do que o covid, como é o caso dos cancros, ou da própria gripe sazonal que, todos os anos, bem sabemos, também ceifa a vida a muitas pessoas.
O assunto foi levado à Comissão de Assuntos Sociais por um grupo de peticionários que elaborou um “Manifesto Açoriano” pelos Direitos Fundamentais da sociedade.
A este respeito, o deputado do Chega considera que já “é tempo de parar com o medo, ser racional e dar esperança à sociedade”, ressalvando que é ainda “importante encarar a vacinação como uma opção do cidadão e não uma obrigação”. Diz o parlamentar que “esta questão tem de ser vista como um dever cívico e de responsabilidade. É certo que é uma matéria de saúde pública, mas trata-se de uma opção pessoal, tem de ser o cidadão a ter a noção do que está a fazer, não movido pelo medo, mas sim pela consciência do acto”, referiu.
Para José Pacheco, “o negacionismo é errado, mas obrigar as pessoas a tomar uma vacina também não é correcto”, disse.
Por outro lado, o deputado disse estar ainda à espera de saber o que aconteceu às máscaras que custaram à Região 3 milhões de euros e que até hoje não se sabe do seu paradeiro e nem se conhecem responsáveis. É que, avança, “3 milhões de euros para muitos açorianos seria como o resto da vida sem trabalhar”, daí ser um assunto que não pode, nem deve ser esquecido, advertiu.
Ponta Delgada, 1 de Setembro de 2021
CHEGA I Comunicação