ESTE VÍRUS CHAMADO DE (UMA ESPÉCIE DE) GOVERNO

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Nunca o escondi e não será agora que o irei fazer, que este governo não soube, não sabe e duvido que algum dia saiba, lidar com esta e outras pandemias, ou algo no género.

Então vejamos, o vírus aparece na China no final de 2019, com fortes sinais que poderia ser uma crise pandémica. Nós por cá assobiamos pra o lado e achamos que são chinesices. Absolutamente nada fizemos no sentido de nos prevenirmos e só começamos a acordar quando a Itália começou a sucumbir à pandemia, mas já íamos tarde novamente.

O vírus instala-se forte e feio em Portugal, no primeiro trimestre de 2020. Nós por cá discutimos se precisamos de máscaras ou não, se ficamos em casa ou não, se fechamos fronteiras ou não, se compramos ventiladores ou não, se o Costa deve levar uns safanões ou não. Uma casa de doidas, sem rumo, navegando à vista, sem que ninguém perceba para onde vamos e para onde queremos ir.

Passado um ano, continuamos com o mesmo espírito, tais crianças que fizeram xixi na cama, mas sendo tantas as vezes, já ninguém liga nehuma. A verdade é que vivemos num país que um erro cometido tantas vezes (ou uma montanha delas), passa a ser um “novo normal”, um procedimento, uma regra. Mas não é assim que vejo as coisas, não é assim que devíamos olhar para os problemas e muito menos criar soluções, as tais que desafio qualquer um a enumerar, já que eu não consigo.

Agora, alegremente, recebemos ajuda estrangeira e disto se faz bandeira, como se fossemos uns coitadinhos, um pais do terceiro mundo, sempre de mão estendida à caridade alheia. Neste cenário, falta mesmo só explicar que não soubemos gerir, não soubemos prevenir, não soubemos planificar, e, mais grave, continuamos sem plano de futuro, quer seja no controlo pandémico, quer seja na vacinação.

Por outro lado, as doenças, que já tínhamos, continuam sem tratamento, num caos completo, num SNS completamente falido, com os seus profissionais esgotados e enganados por esta espécie de governo. Até suspeito que muitos doentes irão morrer de COVID, até mesmo quando não o houver, para que se possa justificar a incompetência governativa, que hoje semeia e que iremos todos colher amanhã. E continuam a cantar alegremente as cigarras da esquerda irresponsável e sem visão, como naquela velha expressão “o último a sair que apague a luz”.

Foram mentiras em cima de mentiras, contradições que até se contradiziam a elas próprias, como o caso das máscaras e dos transportes públicos. Uma arte de ilusão e de retórica que apenas soube cavar um fosso, que ainda desconhecemos a profundidade, mas poucos são aqueles que continuam a dizer: Está mal! Parem este fulano! Chega!

Serei só eu a ver que isto está neste estado ou vão aparecer muitos mais? Chega desta gente de uma vez por todas.

José Pacheco