Quando vejo gente na minha terra a passar fome enquanto outros ganham três mil euros e só lhes dificultam a vida, fico triste, muito desiludido, completamente revoltado.
Isto porque apresentei na Assembleia Regional dos Açores, em nome do partido Chega, uma proposta no sentido de se poder adiar pelo menos, num mínimo de 6 meses, os pagamentos à segurança social. Esta proposta foi com caracter de urgência, mas o PS, o PAN, o BE e a IL acharam que não tinha qualquer urgência, carecia de mais estudos.
Pois é meus amigos, aqueles que ganham grandes ordenados, sentados em confortáveis cadeiras, como a que também me sento ao serviço do povo açoriano, com todos os privilégios, acham que a desgraça de cada um deve esperar mais um pouco, esperar até que as politiquices deles sejam satisfeitas, que a masturbação intelectual resulte num orgasmo fantástico de coisa nehuma. Não compreendo que aqueles que sempre contribuíram para pagar os nossos ordenados de deputados, agora aflitos, tenham que esperar, tenham de ter a sua vida ainda mais desgraçada com multas e juros na segurança social.
Estes políticos, sem alma nem coração, muitos deles que nunca fizeram nada na vida, nem sequer sabem do que falo, não percebem que atrasar este pagamento é a diferença entre por comida na mesa ou não. Não conhecem a realidade da sua terra porque o ordenado, destes supostos servidores do povo, está garantido. Escondem-se atrás da tecnocracia, das fatiotas vistosas, esquecendo o povo que os elegeu e que lhes paga para os defender. Preferem a demagogia barata, o teatro das aparências, o jogo político, o politicamente correcto, mas esquecem continuamente as pessoas.
Decidir grandes obras quando tudo está bem, quando há dinheiro, é a coisa mais facil que pode existir, qualquer tolo o faz, mas acudir aqueles que passam graves dificuldades com esta pandemia é apenas para Homens e não “meninos bonitos”.
Vivemos num tempo que os animais têm mais defensores que os seres humanos. Vivemos num tempo que a aparência conta mais que a verdade e a justiça. Não percebo e ninguém percebe, mas um dia tudo isto rebenta nas ventas de tais maldosas criaturas.
Não vim para a política fazer amigos, ser mais um “menino bonito”, vim para defender a verdade, nem que seja ao pontapé nestes ilustres traseiros. Podem continuar a chamarem-me racistas, fascista, xenófobo, extremista e outras coisas mais, que eu irei continuar a chamar gente desta de chulos e vigaristas porque é o que são nas palavras e nos actos.
Aguentem-se com a minha revolta porque não vim para brincar às apanhadas. Enquanto houver injustiça na minha terra jamais me calarei, jamais deixarei de dizer o que penso de forma directa e objectiva, até ao dia que seja reposta a justiça, a verdade social. Não brinquem com a vida do meu povo, ele não merece. Chega!
José Pacheco