O Grupo Parlamentar do CHEGA questionou hoje o Governo Regional acerca das obras no porto comercial de Santa Maria e sobre as alterações ao projecto, que reduziu o investimento de 26 milhões para 21 milhões de euros.
Num requerimento enviado hoje à Assembleia Legislativa Regional, os deputados do CHEGA pretendem saber porque razão foi reduzido o investimento na obra de requalificação e reabilitação do porto comercial de Santa Maria, que também viu diminuída a dimensão do cais acostável.
Os parlamentares questionam se um maior cais acostável, “não permitiria melhorar as condições de operacionalidade do porto”, tão reivindicadas por empresários que querem escoar os seus produtos.
No documento, o CHEGA questiona também se as obras de requalificação e reabilitação do porto comercial da ilha não iria permitir “uma maior rotatividade e regularidade do abastecimento à ilha”, que tem sido uma preocupação de todos os Marienses.
Os deputados querem saber quando estarão terminadas as obras naquela infra-estrutura portuária e quantos barcos recebe semanalmente o porto, que viu a sua operação diminuída devido a danos causados pelo furacão Lorenzo e pela tempestade Efrain.
“Os Marienses têm-nos denunciado que é preciso maior rotatividade no porto comercial, quer para escoar os produtos locais – como a excelente meloa que deveria chegar a todas as ilhas – quer para terem mais rápido acesso a bens essenciais que só chegam à ilha de barco”, refere o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco.
Para o parlamentar, tal como acontece em outras ilhas do Arquipélago, é necessária “uma maior regularidade dos transportes marítimos e, para isso, é preciso que o porto tenha uma maior zona acostável para poder receber navios de outras dimensões. É urgente que se comece a pensar numa verdadeira política de transportes marítimos que consiga dar resposta a todas as ilhas. E é bom que quando se façam obras, já se pense na operacionalidade futura”, destacou.