“DEVE-SE OLHAR PARA A EDUCAÇÃO COM PAIXÃO E NÃO APENAS COMO ESTATÍSTICA”

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De visita à Escola Secundária Manuel de Arriaga, na Horta, os deputados do CHEGA Açores depararam-se com uma escola relativamente recente, mas com vários problemas estruturais que colocam em risco os próprios alunos, pessoal docente e não docente.

Actualmente com cerca de 850 alunos, a Escola vê finalmente arrancar o projecto para as obras no auditório que está encerrado desde 2020, por falta de segurança. Mas há outros problemas que ameaçam a segurança e que não estão incluídos neste projecto, como as portas exteriores com buracos e ferrugem, ou as persianas exteriores que quase desde a inauguração da escola, em 2007, apresentam problemas.

No segundo dia de Jornadas Parlamentares, a Presidente do Conselho Executivo, Regina Pinto, transmitiu aos deputados do CHEGA que a falta de recursos humanos e técnicos é um dos principais problemas desta escola que se viu obrigada a abrir um curso ocupacional – para crianças com necessidades educativas especiais – mas que foi impedida de abrir concursos para técnicos especializados. Contando apenas com mais um professor para acolher estes alunos, a Escola recorreu a uma parceria com a Santa Casa da Misericórdia da Horta, já que nem recursos humanos nem recursos técnicos tem ao dispor neste primeiro ano de actividade deste curso ocupacional.

“De que serve falarmos de educação inclusiva se não damos as ferramentas adequadas às escolas?”, questionou o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco. “Anda-se a olhar para a educação com estatísticas, mas devia olhar-se com mais paixão”, reforçou o deputado que entende que “não se pode tratar as pessoas olhando apenas para as estatísticas”, que até atribuem um bom rácio de assistentes operacionais para o número alunos daquela Escola.

A Escola também foi impedida de abrir cursos profissionais, obrigando os alunos a prosseguir a sua formação nas escolas profissionais. Algo que o CHEGA entende ser um erro. “O ensino profissional tem de voltar às escolas. Estamos com imensa falta de qualificação profissional e duvido que as escolas profissionais estejam a fazer um bom trabalho, pois na vida real não vemos essa formação profissional”, denuncia José Pacheco.

O Conselho Executivo da Escola Secundária Manuel de Arriaga mostrou a sua preocupação quanto ao novo ano lectivo, relativamente ao recrutamento de professores, uma vez que há professores nos quadros de ilha que não estão actualmente na escola, mas que não libertam os lugares para que sejam efectivamente ocupados.

“O CHEGA defende que a educação é um pilar da nossa sociedade e, ao longo dos tempos, nos Açores têm-se manifestado alguns problemas sociais que ficam a dever-se a uma estratégia de educação errada. É preciso pensar a sério e a fundo na educação que queremos para o presente e para o futuro dos Açores”, reforçou o líder parlamentar do CHEGA.

Horta, 24 de Julho de 2024
CHEGA I Comunicação