O CHEGA Açores denunciou hoje vários problemas em várias áreas da governação dos Açores, ao contrário dos exagerados elogios ao desenvolvimento da Região, plasmados numa declaração política do PSD onde foram realçados vários feitos do actual Governo Regional, mas propositadamente omitidas algumas graves lacunas.
O deputado Francisco Lima indicou que “há partes da declaração política que são verdadeiras, e há que enaltecer” o que foi feito de bom pelo Governo Regional. No entanto, “o risco de pobreza nos Açores, em 2022, aumentou 22%. Os Açores são a Região mais pobre do país”, referiu o parlamentar.
Em termos económicos, “a burocracia não diminuiu, até piorou. O apoio à economia, através do Banco de Fomento foi um fracasso. Continuam a ser muito preocupantes os resultados no 1º trimestre deste ano das empresas do Sector Público Empresarial da Região, que acumula prejuízos atrás de prejuízos”, dando Francisco Lima o exemplo da empresa GlobalEda, que aparentemente seria uma empresa saudável, “mas que teve 400 mil euros de prejuízo no 1º trimestre deste ano”. Também “a máquina do Estado não diminuiu, até aumentou”, ressalvou o parlamentar.
Nas questões sociais, Francisco Lima destacou a “estagnação na habitação, devido ao excesso de reservas, de uma burocracia atroz e de inoperância – e vamos esperar que nos próximos tempos haja mudanças. No RSI, a fiscalização não existe”.
O parlamentar do CHEGA denunciou ainda que ao nível do crescimento, “não podemos subtrair os efeitos da inflacção. O PIB cresceu, mas temos de ver o PIB nominal e o PIB real – que neste caso em relação à dívida regional, está a crescer a um ritmo muito maior que a economia real”, e acrescentou que ao nível da qualificação profissional a mesma estagnou, levando os empresários a não conseguir encontrar mão-de-obra qualificada para os seus negócios.
Francisco Lima falou ainda na educação, “onde os últimos resultados do PISA foram desastrosos para os Açores, comparando com a Madeira que tem resultados de excelência. Temos de fazer uma introspecção e ver a que se devem estes resultados”, alertou.
Também na saúde “temos os piores resultados de esperança média de vida, os piores resultados ao nível do povoamento, o que leva os Açores a serem ilhas quase desertas daqui a uns anos”.
Em suma, Francisco Lima alertou que estes problemas elencados pelo CHEGA “não são pequenos, nem são poucos”, e têm de ser tidos em conta para o desenvolvimento dos Açores e para a melhoria das condições de vida dos Açorianos e não podem ser esquecidos para “memória futura”.
Horta, 11 de Julho de 2024
CHEGA I Comunicação