O CHEGA Açores defende que a saúde dos Açorianos tem de ser sempre uma prioridade e tem de ter sempre resposta, apesar de muitas vezes não ser possível ser tão célere como se gostaria. A indicação foi deixada pela deputada Olivéria Santos, a propósito de uma visita ao Hospital do Divino Espírito Santo – a pedido da Comissão Parlamentar de Assuntos Sociais – a propósito do incêndio que deflagrou há dois meses e obrigou ao reajuste dos cuidados de saúde na Região. Os deputados visitaram também o Pavilhão Carlos Silveira e o Centro de Saúde da Ribeira Grande, para onde foram encaminhados alguns dos doentes enquanto o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) não consegue dar resposta aos internamentos.
No HDES foi transmitido aos deputados da Comissão de Assuntos Sociais, que não foram ainda emitidas orientações para o novo projecto do hospital, no entanto, em Outubro já deverá estar concluído o Programa Funcional – que é fundamental para se lançar o projecto em termos de engenharia e arquitectura – uma vez que terão de ser ouvidos todos os serviços do hospital para que se crie uma estrutura de “hospital do futuro”.
A Administração do HDES transmitiu aos deputados que dois meses depois do incêndio, o hospital continua a trabalhar para conseguir dar resposta a internamentos, urgências e exames, apesar de ter descentralizado os serviços e recursos humanos.
No Pavilhão Carlos Silveira, onde está instalado o Posto Médico Avançado, os deputados ouviram do responsável do serviço que, embora não sendo o cenário ideal, estão a conseguir dar boa resposta às necessidades, alertando o responsável que as equipas estão cansadas, mas a corresponder ao que é solicitado.
Já no Centro de Saúde da Ribeira Grande foram mostradas as instalações aos deputados, indicando-se as melhorias que foram necessárias introduzir para poder dar uma resposta rápida às necessidades após o incêndio no HDES.
No final das visitas, a deputada Olivéria Santos ressalvou que “por mais moroso que seja o andamento dos processos – que é compreensível depois de um incêndio daquela magnitude – temos de ser mais céleres. Temos de dar uma resposta adequada a quem precisa de cuidados de saúde, a bem de todos os Açorianos”.
“Falar-se em “hospital do futuro”, mas não pode significar demasiada demora, ou demora excessiva, podendo, assim, colocar em causa a saúde de todos os Açorianos. Mais do que hospitais de futuro, precisamos de Açorianos com futuro, e isso só será possível se estiverem assegurados todos os direitos de saúde da população”, explicou Olivéria Santos.
A parlamentar reforça que o CHEGA vai continuar atento às questões que têm sido levantadas a propósito do incêndio no HDES, destacando que os relatórios do incêndio ainda continuam a ser pouco precisos. Olivéria Santos, destacou ainda as notícias que foram divulgadas hoje, onde aparentemente há contradições relativamente ao relatório do incêndio. “Há responsabilidades que têm de ser apuradas”, manifestou a deputada, que acrescenta que o CHEGA vai querer apurar os factos, no sentido de se perceber a quem se podem imputar responsabilidades.
Para o CHEGA, “para situações extraordinárias, como é o caso, justificam-se medidas extraordinárias”, contudo, ressalva a deputada, tudo deve ser feito “com a máxima transparência, não deixando qualquer margem para especulações ou suspeições”, advertiu.
Ponta Delgada, 4 de Julho de 2024
CHEGA I Comunicação