O CHEGA entende que a liberalização total das plataformas TVDE – transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma electrónica – pode pôr em causa o sector dos táxis, devendo ser uma questão a ser tratada “com algum cuidado”.
O alerta foi deixado pela deputada Olivéria Santos que lembrou a preocupação de taxistas – com quem o Grupo Parlamentar manteve reuniões a este propósito – não por estarem contra as plataformas TVDE, “mas com a facilidade com que passam a operar nos Açores”. A parlamentar lembrou que os taxistas fizeram um grande investimento para poderem estar em praça, “e queremos que haja equilíbrio, que se cumpram todas as regras impostas aos taxistas”, também para os condutores das plataformas TVDE.
Olivéria Santos falava a propósito da primeira alteração ao diploma que liberaliza totalmente as plataformas TVDE na Região, indicando que “esta proposta vem liberalizar e não salvaguarda os taxistas e coloca em causa este sector na Região”.
O deputado José Paulo Sousa entrou no debate para indicar que o CHEGA “gosta de liberalização, mas não gosta de facilitismos” como propõe a alteração apresentada pela Iniciativa Liberal.
O líder parlamentar, José Pacheco, reforçou que a Associação de Táxis de São Miguel não se mostrou contra as plataformas TVDE, mas sim contra a desigualdade “porque tiveram de investir uma vida para ter uma profissão, para depois chegar alguém que nem sabe falar português”.
José Pacheco indicou que é preciso cuidado na liberalização e defendeu “um equilíbrio”, que possa proteger o que já existe – os taxistas. “Temos de proteger o que há e criar algum equilíbrio. Não podemos abrir tudo e matar todos. Vivemos numa terra tão pequena, que destruímos e nunca mais conseguimos reconstruir”, reforçou.
Horta, 11 de Junho de 2024
CHEGA I Comunicação