CHEGA DEFENDE QUE SATA INTERNACIONAL DEVE PASSAR PARA A ESFERA PRIVADA

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O deputado Francisco Lima defendeu hoje que é preciso coragem para olhar para o sector público empresarial da Região “e ver o que pode ir para a esfera privada”. O parlamentar, que falava a propósito de uma recomendação ao Governo para que anule o processo de privatização da SATA Internacional – Azores Airlines, apresentada pelo Bloco de Esquerda, lembrou que actualmente “o Estado é enorme, é dono de institutos, empresas públicas, empresas completamente falidas e sem sustentabilidade financeira”.

Francisco Lima deu como exemplo, exactamente a SATA e enumerou que “quando apanho um avião, vejo que há mais funcionários do que passageiros”, referindo que em mais nenhum aeroporto se encontra este rácio.

O parlamentar recordou que muitas vezes são incluídos trabalhadores nestas mesmas empresas falidas da esfera pública e alertou que “o Estado não pode ser um albergue do que está falido”. Além disso, acrescentou, o próprio Estado está a capturar a mão-de-obra aos privados, que se queixam que não têm quem trabalhe no sector privado.

No decorrer do debate, o parlamentar lembrou o processo de privatização da TAP “que estava privatizada, o processo foi revertido, tem um prejuízo estratosférico, foi gerida por whatsapp” e não se pode continuar a brincar às empresas públicas.

Em jeito irónico, o deputado do CHEGA sugeriu um novo nome para a SATA: “Sociedade Açoriana e Taxas e Amiguinhos” tal o nível de trabalhadores, ex-políticos e ex-governantes que integraram a empresa pública.

Justificando o chumbo da proposta do Bloco de Esquerda, Francisco Lima entende que o processo de privatização tem de continuar, “porque tem de haver confiança jurídica, temos de dar confiança ao mercado, temos de acreditar que o relatório produzido pelo júri do concurso é credível”.

“O que não podemos fazer é andar a brincar e a fazer o que foi feito na TAP, que acabou com um problema estratosférico. Em que o governo da geringonça reverteu tudo, só não reverteu a austeridade”, rematou.

Horta, 11 de Abril de 2024
CHEGA I Comunicação