ENTREVISTA DE FRANCISCO LIMA, CABEÇA DE LISTA DO CHEGA PELA ILHA TERCEIRA, AO DIÁRIO INSULAR

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1 -Quais os principais projetos que a lista que lidera defende para a ilha Terceira na próxima legislatura?

O nosso programa é bastante abrangente e, em algumas áreas, bastante disruptivo. Para além das propostas que foram incluídas no orçamento de 2023, e que não foram cumpridas pela coligação, queremos avançar em outras áreas onde é preciso coragem para enfrentar o mainstream, nomeadamente enfrentar o radicalismo ambiental e a cultura de proibicionismo ambiental que grassa nos Açores. Queremos que os agricultores possam combater as pragas de ratos e pombos sem serem perseguidos como bandidos. Queremos replantar as hortênsias na reta da Achada que foram arrancadas porque uns académicos quaisquer entenderam que é uma planta invasora. Queremos que a construção na zona costeira seja uma realidade e que se acabe com este proibicionismo bacoco em nome de sermos o bom aluno da Europa. Temos reservas nos Biscoitos e Porto Martins que só servem para criar ratos e outras pragas. Ninguém percebe como continuamos a desperdiçar esta enorme riqueza que é a pequena construção à beira-mar. Queremos desenvolver o Hidrotermalismo na Terceira. Queremos travar as reservas marítimas que empurram os pescadores para a miséria. Queremos expandir a zona industrial da Praia da Vitória. E, de uma forma geral, queremos resolver uma imensidão de problemas que se arrastam há décadas por falta de coragem política.

2 – Qual a economia em que a Terceira deve apostar para se desenvolver e fixar população (que está a perder)? Em que setores deve a ilha apostar?

Sem dúvida que a economia a desenvolver é a economia privada e não continuar a encher as secretarias com mais funcionários públicos, muitas vezes para pagar favores políticos. Queremos que o Rendimento Social de Inserção (RSI) seja mais fiscalizado, não podemos continuar a assobiar para o lado e ter os empresários sem mão-de-obra.
A agricultura, as pescas e o Turismo, são as nossas áreas de eleição, sem menosprezar as outras opções que decorrem da centralidade da Ilha, incluindo a Universidade dos Açores que está em processo de definhamento. Temos é de ser realistas, aproveitar os nossos recursos endógenos e parar de sonhar com fantasias. Temos de manter e conservar as nossas estradas e o nosso património público que está muito maltratado.

3 – Que critérios presidiram à constituição da vossa lista de candidatos a deputados?

O principal critério foi escolher pessoas com provas dadas e representantes de diversos setores da sociedade. Qualquer um dos 15 candidatos que fazem parte da lista são pessoas com vida própria, não dependem da política para nada. Estão aqui de forma corajosa e totalmente abnegada sem estarem à espera de um emprego no dia 5 de fevereiro de 2024. Olhamos para aquela Assembleia Regional e o que vemos são as mesmas pessoas há décadas, agarradas ao poder e a viver da política.

4 – Que resultados esperam nestas eleições na ilha Terceira e porquê?

Esperamos vencer as eleições e ser o partido mais votado. O Chega é uma lufada de ar fresco neste sistema elitista que mantém as mesmas pessoas e as mesmas famílias há décadas no poder como se fossem os “donos disto tudo”. As pessoas estão fartas e cansadas das mesmas caras, das mesmas famílias, dos mesmos amigos, sempre os mesmos que há décadas andam por aí de secretaria em secretaria, de cadeira em cadeira, de tacho em tacho, sempre a viver à custa da política. É deprimente e já CHEGA. Por isso o nosso lema de campanha é: “Os Açores precisam de uma Limpeza “, o que para bom entendedor esta frase CHEGA.