CHEGA DENUNCIA 2.3 MILHÕES DE EUROS ENTERRADOS NUM PAVILHÃO SEM MEDIDAS OFICIAIS

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O CHEGA quer saber se o recém-inaugurado Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Básica e Secundária de Santa Maria tem condições mínimas e medidas homologadas, para receber provas desportivas oficiais das várias modalidades para as quais se encontra preparado.

Num requerimento enviado hoje à Assembleia Legislativa Regional, o deputado José Pacheco questiona se a requalificação daquele espaço – que representou um investimento de 2,3 milhões de euros – vai permitir “o treino, competição escolar e provas federadas” das várias modalidades.

A questão surge após a constatação de algumas associações desportivas da ilha, nomeadamente a Associação de Basquetebol de Santa Maria, ter denunciado que aquele Pavilhão “não reúne condições mínimas para a prática da modalidade de basquetebol, nem na componente de treino, nem da de competição”, enquanto relativamente à prática de futsal e andebol, o recinto não poderá ser homologado, pois não tem as medidas oficiais de 40metros/20metros.

Neste sentido, e após vários reparos daquela Associação – nomeadamente as tabelas instaladas a alturas dispares umas das outras; cortinas divisórias de espaços lectivos/treinos instaladas em cima das linhas de jogo; impossibilidade de instalação ou entrada no edifício das tabelas oficiais de jogo e a não existência de local ou arrecadação para arrumação das tabelas, somente no interior do recinto de jogo – o deputado questiona se o responsável da obra constatou eventuais irregularidades na sua concepção.

José Pacheco pretende também saber se o Governo Regional foi alertado, em tempo útil, pelas várias associações desportivas da ilha para o facto de o Pavilhão Gimnodesportivo não reunir condições mínimas para a prática das diversas modalidades. Se houve tais alertas, o CHEGA quer saber porque não foram tidos em conta os diversos pareceres para que aquele Pavilhão Gimnodesportivo pudesse, efectivamente, servir a comunidade desportiva da ilha.

No requerimento, o CHEGA dá ainda conta que a escola informou as várias associações desportivas que não possui verba para pagar a colaboradores “em horário de abertura do pavilhão após as actividades lectivas”, questionando se corresponde à realidade não haver estas verbas – que até são atribuídas pela Direcção Regional do Desporto – e “qual será o procedimento para colmatar tal situação”.

José Pacheco recorda que a obra de requalificação do Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Básica e Secundária de Santa Maria era “há muito reivindicada” pela comunidade escolar e pelos pais e encarregados de educação de Santa Maria, pois, desde 2019, “os alunos não podiam usufruir do recinto escolar para a prática de educação física”. Neste sentido, o CHEGA questiona também se houve derrapagem no investimento previsto para a requalificação do Pavilhão, e se a obra demorou mais tempo do que o previsto.

Ponta Delgada, 4 de Outubro de 2023
CHEGA I Comunicação