FORÇAS DE SEGURANÇA NÃO PODEM TRABALHAR SEM CONDIÇÕES, ALERTA O CHEGA

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O CHEGA tem vindo a denunciar a falta de condições de trabalho dos agentes de segurança, a que se junta a falta de meios técnicos e humanos, bem como esquadras sem dignidade. Uma realidade que se estende a todas as ilhas dos Açores, e a esquadra da Polícia de Segurança Pública de São Roque do Pico não é excepção.

A visita àquela esquadra foi o primeiro ponto da agenda do deputado José Pacheco, que hoje iniciou uma visita oficial à ilha do Pico, tendo-se deparado com celas de detenção inoperacionais por falta de condições mínimas para serem utilizadas. “Há também falta de efectivos, embora esta esquadra em São Roque do Pico não seja a mais problemática, uma vez que conta com 15 efectivos, mas mais dois agentes já poderiam melhorar a situação”, denunciou o deputado José Pacheco que alerta também para o estado degradante em que se encontra o edifício que, apesar de ser recente, apresenta já muitas infiltrações.

As condições de trabalho dos agentes de segurança são uma das bandeiras do CHEGA Açores, embora a sua melhoria dependa directamente do Governo da República. “Sabemos que não é 100% da competência do Governo Regional, embora a Região possa ter alguma competência, por exemplo, através do Fundo Regional de Transportes, que permite apetrechar as forças de segurança com viaturas novas”, explicou José Pacheco que acrescentou que têm sido muito poucas as viaturas que têm sido entregues nos últimos anos ao abrigo do Fundo Regional de Transportes. A título de exemplo, o parlamentar avançou que aquela esquadra apenas tem ao seu dispor uma viatura, “o que é manifestamente pouco”, disse.

“Já dissemos várias vezes que, se queremos ter turismo e segurança das populações e passar uma imagem de ilhas seguras, temos de começar pelas esquadras, tratar bem os agentes, e dar-lhes condições para que possam trabalhar com dignidade. Nenhum ser humano quer entrar na polícia e seguir esta carreira, para trabalhar em condições tão más”, refere o parlamentar, adiantando que, a par disso, também se foram perdendo algumas regalias que eram dadas aos agentes de segurança, a juntar às baixas remunerações. “Claramente, tudo isso são factores que não tornam esta carreira apelativa”.

“Temos de ouvir os profissionais, não só das forças de segurança, mas também de outros sectores, porque eles conseguem dizer-nos, melhor do que ninguém, os problemas com que se depararam durante um dia de trabalho. Temos de ouvir as pessoas. Ouvimos as pessoas para depois sermos a voz delas”, destacou o deputado do CHEGA Açores, que aposta na proximidade com o Povo.

A política de proximidade é uma das marcas – e mais-valias – do CHEGA que, na ilha do Pico, vai estabelecer contactos com a população dos vários concelhos daquela ilha do Grupo Central do arquipélago. Ouvir as dificuldades e necessidades das populações, para avançar com soluções concretas, é o que o CHEGA se propõe a fazer. “Sempre achámos que os deputados têm de estar na rua, mas a sério. Faço questão disso, de uma política de proximidade. A política não é uma profissão, é uma missão. Mas para se cumprir essa missão temos de estar junto das pessoas”, assumiu José Pacheco.

O parlamentar fez referência, por exemplo, à questão dos lesados do BANIF, com a qual foi confrontado na rua em São Roque do Pico. “Esta e tantas outras questões, só percebemos as verdadeiras dificuldades das pessoas quando falamos com elas na rua, quando elas nos explicam as situações. Isso é que é política de proximidade”, disse José Pacheco que acrescentou que essas conversas são traduzidas depois no trabalho que o CHEGA tem feito na Assembleia Legislativa Regional, ou mesmo na Assembleia da República, através de reuniões com o Grupo Parlamentar e com o líder do CHEGA, André Ventura.

O deputado José Pacheco iniciou hoje uma visita oficial à ilha do Pico, tendo visitado a esquadra da PSP de São Roque do Pico e o porto daquele concelho.

Amanhã, Quinta-feira, pelas 10h30 está prevista uma visita à recém-inaugurada fábrica de conservas CONSERAN, na Madalena, seguindo-se uma visita Santa Casa da Misericórdia das Lajes do Pico, pelas 17h30.

No último dia da visita oficial, na Sexta-feira, a manhã será dedicada ao contacto com a população no concelho da Madalena.

São Roque do Pico, 27 de Setembro de 2023
CHEGA I Comunicação