O deputado José Pacheco esteve hoje junto à Conservatória do Registo Civil, Predial e Comercial da Lagoa, onde constatou o encerramento daquele balcão de 4 a 14 de Agosto por falta de recursos humanos. Além de José Pacheco, algumas pessoas tentaram aceder àquela repartição pública, sem saber que estaria encerrada, conforme testemunhou o CHEGA no local: “um senhor vinha levantar o cartão de cidadão para viajar, já não vai. Um emigrante vinha tratar de papéis, não consegue. Isso não é admissível”.
Depois de várias denúncias da falta de recursos humanos e técnicos, assim como do excesso de trabalho em várias Conservatórias da Região, o parlamentar pretendia encontrar-se com os trabalhadores daquele espaço de atendimento ao Público, dependente do Ministério da Justiça, “para tentar perceber as condições de trabalho, mas para surpresa minha já estava fechada”.
O CHEGA denunciou que já há 21 anos o Ministério da Justiça não abre concursos para admissão de pessoal para as Conservatórias e Registos, havendo actualmente – no caso da Lagoa – um funcionário de baixa prolongada há 17 anos, um outro funcionário de baixa e outro em gozo de férias, não havendo outros recursos. “A culpa não é das pessoas que cá trabalham, que o fazem com bastante sacrifício, a culpa é do Ministério da Justiça que não faz o seu trabalho e quando se fala dos Açores ficamos sempre esquecidos”, referiu José Pacheco.
“Estamos a andar alguns séculos para trás. O Governo da República não quer saber dos Açores. Hoje são as Conservatórias, mas também têm sido as polícias, os tribunais, as finanças, tudo o que é serviço que tenha a ver com a República, é como se os Açores não existissem. Isso é inadmissível”, reforçou o parlamentar que reclamou que os Açores são “parte integrante de Portugal. Não temos culpa de viver em ilhas distantes, e não podemos ser abandonados como temos sido constantemente. Enquanto estas muitas situações, que vamos vendo em todas as ilhas do arquipélago, forem neste espírito de desmazelo dos Açores, não nos vamos calar. Já chega”.
José Pacheco garantiu já ter feito um contacto prévio com o Grupo Parlamentar do CHEGA na Assembleia da República, para que este assunto seja debatido na República, mas deixa o recado que “não vai ser como os senhores do Partido Socialista que fazem um grande fogo-de-artifício, mas é só para agradar à voz do dono. Nós, no CHEGA, não trabalhamos assim”.
Por isso, e apesar da maioria socialista ir rejeitando as propostas apresentadas pelo CHEGA na República, “não desistimos, porque somos a voz do povo. Enquanto o povo gritar, estamos cá para acudir”. Neste sentido, o Grupo Parlamentar do CHEGA vai continuar a fazer pressão, porque ainda não é Governo.
“É bom que os Portugueses e os Açorianos percebam que, se tivéssemos governantes com fibra dos militantes e dirigentes do CHEGA, talvez muita coisa tivesse mudado. Não se pode continuar a esquecer as pessoas”, rematou José Pacheco.
Lagoa, 4 de Agosto de 2023
CHEGA I Comunicação