CHEGA DEFENDE QUE FUTURO NOS AÇORES TAMBÉM PASSA PELO TURISMO MARÍTIMO

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O deputado do CHEGA Açores, José Pacheco, recebeu, hoje, na delegação da ALRA, em Ponta Delgada, Carlos Picanço e Ruben Rodrigues, Directores da empresa marítimo-turística, Futurismo, que se mostraram preocupados quanto ao futuro de algumas empresas do sector e com a própria actividade, em concreto na ilha de São Miguel.

A propósito da discussão do Projecto de Resolução n.º 156/XII – Regime Jurídico da Operação Turística de Observação de Cetáceos, da autoria do CDS-PP/PSD/PPM, os empresários, apesar de reconhecerem a importância de se legislar alguns aspectos desta actividade, apelaram para o facto deste projecto poder vir, no futuro, a prejudicar algumas ilhas, nomeadamente as mais pequenas, e algumas empresas do sector, na medida em que, como explicaram, no que concerne aos critérios para a atribuição e/ou renovação de licenças, a questão pode trazer alguma instabilidade e intranquilidade a quem, neste momento, pondera fazer alguns investimentos nesta área.

José Pacheco ouviu atentamente as preocupações dos dois empresários que, aproveitaram também a oportunidade para dar a conhecer o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Futurismo, uma empresa que já conta com 33 anos de existência, 30 dos quais ligada ao Whale Watching, e que tem a seu cargo 60 colaboradores.
Depois de parabenizar os directores da empresa pelo trabalho que têm desenvolvido em prol da Região, do ambiente e do turismo, o deputado do CHEGA reconheceu a importância de se efectuar um estudo, como pretende o Projecto de Resolução, para se avaliar a realidade actual da Região no âmbito da Actividade de Animação Turística de Observação de Cetáceos, recordando, como tem defendido do CHEGA que, de facto, o futuro do turismo nos Açores também tem que passar por este sector de actividade que, explicou, “não tem que ser só mostrar o mar, as baleias ou os golfinhos”.

“O turismo de natureza não pode estar dissociado das vertentes culturais e sociais, podendo estas empresas dar um forte contributo para valorizar e potenciar o que de melhor os Açores têm para oferecer a quem nos visita”, apontou, ressalvando, contudo, que este mercado não pode ser para todos. Neste aspecto, o deputado do CHEGA considerou que a existência de factores mais exigentes nos critérios para a renovação e/ou atribuição de licenças poderá ajudar a regular e a tornar mais sustentável esta actividade nos Açores.

José Pacheco acredita que as marítimo-turísticas podem ser um parceiro “muito precioso, na medida em que podem contribuir de várias maneiras, desde logo do ponto de vista da sustentabilidade, da educação, da formação e do equilíbrio que se pretende ao nível ambiental, sem esquecer o contributo que também poderão dar ao nível científico”.

Por outro lado, o parlamentar deixou ainda o alerta para que estas empresas mantenham o que estão a fazer, bem feito, sob pena de “algum dia começar a aparecer investimento de empresários estrangeiros, como já se assiste no mercado imobiliário, e aí quem perde é a Região, os açorianos e a empresas locais, concluiu.

Ponta Delgada, 20 de Junho de 2023
CHEGA I Comunicação