A maioria chumbou, na Assembleia da República, um Projecto de Resolução do CHEGA que pretendia que o Governo socialista implementasse soluções para todos os lesados da banca que, nos últimos anos, não conseguiram reaver o dinheiro que tinham nas instituições bancárias que faliram. Uma delas, o antigo BANIF, foi a que na Região causou maiores prejuízos a centenas de Açorianos que ficaram sem as suas poupanças aquando da resolução do banco, em Dezembro de 2015, e que não têm forma de recuperar esse dinheiro.
Esta tem sido uma preocupação do CHEGA Açores, que tem mantido a questão na ordem do dia, e que marcou presença ontem na Assembleia da República na discussão do diploma, que acabou rejeitado.
Na apresentação do Projecto de Resolução, o líder do CHEGA, André Ventura, fez questão de lembrar que “um país que gasta 23 mil milhões de euros numa década para salvar banca, não tem 5 milhões de euros para salvar os que perderam tudo com a banca portuguesa”.
Deixando uma palavra de alento àqueles que perderam tudo porque investiram “num sistema que as autoridades diziam ser sólido”, André Ventura insistiu nos “lucros pornográficos e imorais da banca” que tem de ser obrigada a ajudar também “a pagar as dificuldades que muitos estão a sentir neste momento em Portugal”, relativamente à habitação.
No final da discussão deste Projecto de Resolução, que acabou rejeitado pela maioria dos partidos com assentos parlamentar na Assembleia da República, o deputado do CHEGA Açores, José Pacheco, manifestou a sua indignação pelo facto de “uma questão tão importante, que iria permitir que centenas de Açorianos voltassem a ter acesso às suas poupanças, foi rejeitada só porque foi uma proposta do CHEGA”.
Para o parlamentar, “infelizmente, um sector que teve milhões de euros de lucro não é capaz de devolver uma pequena parte às centenas de lesados que perderam as suas poupanças, muitos deles – é preciso dizê-lo – por contratarem produtos financeiros que desconheciam que tinham feito”.
José Pacheco reforça que o CHEGA vai continuar a insistir nesta questão, para que os lesados do BANIF – tal como do BES e do BPP – não sejam esquecidos e consigam reaver as poupanças de muitas vidas que ficaram em suspenso quando os referidos bancos foram dissolvidos. “O CHEGA não se vai calar”, admite o parlamentar que lembra que “já se passou tempo demais e até agora não houve qualquer solução para estas pessoas”.
Ponta Delgada, 19 de Maio de 2023
CHEGA I Comunicação