A cultura não pode continuar a ser esquecida nos Açores e é urgente salvar o que ainda resta da cultura tradicional nas nossas ilhas. Foi com esta reivindicação em mente que o deputado José Pacheco visitou o Grupo de Teatro Pedra-Mó, da Casa do Povo dos Altares, na ilha Terceira, que assinala 45 anos de existência e muitas peças levadas à cena um pouco por todos os palcos dos Açores e do continente.
Na reunião que manteve com o responsável do grupo, Moisés Mendes, e com a Presidente da Casa do Povo dos Altares, Patrícia Borges, o deputado do CHEGA reforçou a necessidade de haver mais verbas para a cultura, para que não se percam as raízes culturais que ainda se mantêm vivas nos Açores. “O dinheiro para a cultura está a desaparecer – é cada vez menos – e assim também vai acabar por desaparecer uma parte da nossa cultura, como as nossas filarmónicas, os nossos grupos de teatro, os nossos grupos folclóricos. O CHEGA não pode compactuar com isto”, destacou José Pacheco.
O parlamentar lembrou que, perdendo-se estas manifestações culturais tão próprias, acaba por perder-se também a componente social que as mesmas promovem e que acaba por beneficiar as comunidades ligadas a estes grupos culturais.
Neste sentido, José Pacheco deixou o compromisso do CHEGA de “continuar a lutar para se conseguir salvar o que ainda existe nas nossas ilhas, e continuar a acarinhar as manifestações culturais que ainda existem, porque em algumas ilhas já há grupos de teatro a desaparecer, filarmónicas que fecharam e o folclore é cada vez menos. A nossa cultura não pode continuar esquecida”, rematou.
No último dia da visita oficial à ilha Terceira, o deputado do CHEGA incitou o Governo Regional a promover uma “agenda cultural a sério” na Região, que agregasse os eventos e manifestações culturais características de cada ilha. Esta seria uma forma de promover e dinamizar a cultura, quer para os Açorianos, quer para os turistas que, muitas vezes, vêm à procura do que é genuíno e tradicional.
Tal como a mostra de teatro que o Grupo Pedra-Mó promove, de dois em dois anos, nos palcos mais limítrofes dos dois centros urbanos da ilha Terceira. “Dar Cena” é o nome da iniciativa que tem vindo a contribuir para o desenvolvimento do teatro na ilha, e que também leva o teatro aos palcos dos Biscoitos, Raminho e Altares. Uma mostra de teatro que este ano corre o risco de não se realizar por falta de apoios, depois de tantos anos a “Dar Cena” nos palcos no Noroeste da Terceira.
Angra do Heroísmo, 1 de Abril de 2023
CHEGA I Comunicação